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Eu Sou Seu Bicho Papão
Eu Sou Seu Bicho Papão
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Eu Sou Seu Bicho Papão

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Quando ela lhe disse o que estava procurando, a curiosidade de Cliff despertou.

— Olа. Estou procurando uma fazenda. Ela precisa ter no m?nimo cem acres de pasto, uma grande casa e celeiro. Trarei, muito em breve, gado de Carson City, Nevada, e preciso de um lar para eles. Pagarei em dinheiro, se isso ajudar a acelerar o processo.

Em nome de sua credibilidade, Cliff segurou seu queixo para que n?o ca?sse atе o peito.

***

— AH, ISSO Е ruim — disse Alan. Ele tentava manter o cafе da manh? no est?mago enquanto olhava a cena do crime.

Billy assentiu.

— Voc? jа viu algo ruim assim na cidade grande?

Alan pensou por um minuto. Ent?o, assentiu.

— Uma vez. Ajudei a limpar uma casa de fazenda usada por Esteban Fernandez. Tinha sido queimada, mas havia dois caras da DENARC mortos no por?o. Eles tinham virado picadinho. Atribu?mos a autoria a Fernandez, mas os federais silenciaram tudo. A cena era com certeza t?o feia quanto essa.

Nada fora removido. Billy queria que Alan visse a coisa toda na vida real, n?o em fotos. Billy pensou que ele poderia ver algo que todos tinham deixado passar batido.

Alan respirou fundo tr?s vezes para se acalmar e ent?o come?ou a estudar minuciosamente a cena. Metodicamente, ele examinava cada detalhe antes de seguir em frente. Quando decidiu que estava pronto, colocou chinelos de papel sobre os sapatos para n?o contaminar nenhuma evid?ncia microscоpica. Gradualmente, foi em dire??o aos restos da jovem. Estudou a coloca??o de cada оrg?o. Estudou a forma de cora??o de namorados feita com o intestino dela. Interrompeu a caminhada, analisando cuidadosamente. Ele voltou-se para Billy.

— N?o hа les?es no intestino. Percebeu isso?

Billy balan?ou a cabe?a.

— N?o.

— Olha — Alan apontou para uma parte do intestino — Aqui е onde o intestino delgado foi desconectado do est?mago — Ent?o apontou para a parte do intestino que repousava ao lado da parte anterior — E esta е a parte que foi desconectada do intestino grosso.

Alan olhou para o mеdico legista.

— Estou certo?

O legista concordou.

— Ent?o, n?o houve rasgo. Nem separa??o. Nem tor??o.

Billy ficou confuso.

— E da??

Alan olhou para ele.

— Isso significa que quem fez isso retirou os intestinos aos poucos enquanto moldava o cora??o. Os intestinos n?o estavam emaranhados, nem rasgados ou cortados. Isso demanda muita concentra??o ou ent?o muita sorte. E levou tempo. As duas metades do cora??o s?o id?nticas. N?o s?o nem um pouco desiguais. Deve ser muito complicado conseguir isso numa situa??o dessas.

— O que voc? acha do padr?o dos оrg?os?

Alan os estudou por algum tempo. Ele balan?ou a cabe?a.

— N?o fa?o idеia, Billy.

— Ok, quem diabos decidiu n?o me chamar para um maldito caso de assassinato? — bradou da porta uma voz.

Billy e Alan se viraram para ver o recеm-chegado.

Era Godfrey Malcolm, o delegado da Pol?cia Municipal de Perry.

Billy estendeu a m?o.

— Pare, seu idiota! Se for entrar aqui, coloque os cal?ados de papel!

— Por que diabos? — berrou Malcolm.

— Para voc? n?o contaminar a cena do crime! Como conseguiu esse emprego, afinal? Chupou alguns membros da C?mara?

Malcolm fuzilou o xerife com o olhar, mas sem dizer nada. Seus olhos estavam injetados e seu nariz estava vermelho vivo por causa da bebedeira cont?nua.

Finalmente, Malcolm apoiou-se b?bado na moldura da porta, mal conseguindo se equilibrar enquanto colocava um par de chinelos de papel e entrava na sala.

Quando o delegado de pol?cia viu o que havia sido feito, vomitou por todo o ch?o.

Cap?tulo 3

— Voc? acha que isso finalmente farа com que a C?mara Municipal de Perry o demita? — perguntou Alan, sentado no escritоrio de Billy.

— Com certeza espero que sim!

Quando Malcolm vomitou na cena do crime, Billy prendeu o delegado de pol?cia por embriaguez p?blica. Ele havia submetido o policial a todo o processo de pris?o, incluindo inspe??o de orif?cios... para o caso de Malcolm ter algum contrabando, е claro.

Malcolm, por sua vez, percebeu que havia estragado uma cena de assassinato e estava arrependido... atе a inspe??o de orif?cios come?ar.

— Ninguеm vai enfiar nada na minha bunda! — rugiu Malcolm.

Vаrios policiais contiveram o delegado de pol?cia, e o carcereiro conduziu o exame conforme as instru??es e com bruto entusiasmo.

O xerife ent?o ordenou que Malcolm fosse colocado em uma cela particular.

Billy disse a ele:

— Fique contente por eu colocar voc? em uma cela particular, e n?o na ala geral! Agora cale a boca e deite na cama!

Godfrey Malcolm, manso e submisso, sentou-se na cama da cela.

— Quanto tempo voc? planeja deixа-lo lа, Billy?

Alan sorria.

— Dez anos!

Billy estava com raiva.

Alan riu alto.

Billy olhou para o velho amigo e come?ou a rir tambеm.

— Ah, merda, provavelmente apenas vinte e quatro horas. Mas eu prestarei queixa. O n?vel de аlcool no sangue era de zero ponto doze, e isso е considerado estar b?bado em qualquer estado.

***

— KATIE, QUERO QUE VOC? e eu tentemos entrar em contato com algumas... outras intelig?ncias. Precisamos descobrir se esse assassino е sobrenatural ou humano.

Margo Sardis estava sentada ? mesa da cozinha de Kate. Sua bengala com detalhes em prata estava plantada firmemente entre as pernas amplas, suas m?os enrugadas descansavam sobre o pegador. Katie mexia no forno, colocando para assar um bolo de morango. Ela olhou para a tia.

Margo Sardis era tia-bisavо de Katie Ballantine Blake. A irm? de Margo tinha sido bisavо de Katie, o que fazia de Katie uma Sardis... e uma bruxa, assim como a filha de Katie, Carol Grace. Katie havia descoberto recentemente esse fato, e Margo ficou encantada por finalmente compartilhar seu conhecimento com membros da fam?lia, que colocariam a magia em bom uso.

— Bruxas n?o s?o boas nem mаs — Margo disse uma vez — Eu tenho um certo relacionamento com Deus, e com seu inimigo tambеm. Sou simplesmente... uma bruxa. Nem mais, nem menos. Katie, as bruxas s?o definidas por suas personalidades... assim como todo mundo.

Quando disse que precisava entrar em contato com outras "intelig?ncias", Katie n?o tinha certeza se Margo se referia a boas intelig?ncias... ou mаs.

— Que outras intelig?ncias, Tia?

A boca de Margo se tornou uma linha sombria.

— Ambas.

Katie virou-se para Margo.

— Tem certeza?

Margo assentiu.

— E talvez precisemos... questionа-los.

Katie parecia alarmada.

— Tem certeza de que dever?amos?

— Somente se for necessаrio. N?o quero acordar essa coisa em particular sem necessidade. Mas continua sendo uma possibilidade, Katie.

Margo balan?ou a cabe?a em desgosto.

— Se eu n?o tivesse dado a Ricky Jackson o que ele pediu... e sim o que eu sabia que ele queria... Aquela porta para o Inferno nunca teria sido aberta!

Katie foi atе a mesa, sentou-se e colocou uma caneca de cafе na frente de cada uma delas.

— Voc? n?o me disse que as coisas do Inferno costumam vir ao nosso plano de exist?ncia o tempo todo? Eles n?o teriam chegado aqui de qualquer maneira?

Margo balan?ou a cabe?a.

— Sim, elas costumam, doce sobrinha. Mas n?o em tal quantidade! Ainda n?o acredito que deixei o orgulho me cegar dessa maneira!

Katie deu um tapinha na m?o da idosa.

— Аguas passadas, Tia. N?o podemos fazer nada a respeito agora.

Margo murmurou:

— Е, acho que n?o.

As duas mulheres ficaram em sil?ncio por alguns momentos, bebendo seu cafе.

Com uma voz baixa e ansiosa, Katie perguntou:

— O que eu preciso para o feiti?o de chamar outras intelig?ncias, Tia?

Margo sorriu e contou a ela.

***

O TURNO DE PHOEBE NA Mackie's come?ara havia uma hora.

Os clientes eram poucos e dispersos nesta manh? de dia ?til. As coisas acelerariam mais tarde, mas Phoebe aproveitou esse tempo para espanar as caixas registradoras, estocar as sacolas e colocar novos estoques para compras por impulso nas prateleiras prоximas ?s filas do caixa.

Phoebe estava t?o absorta em seus pensamentos enquanto estocava as prateleiras de doces e impulsos, que um cliente precisou pigarrear alto para chamar sua aten??o.

Assustada, Phoebe se virou e viu Tom Selleck parado na fila do seu caixa. Ou melhor, um Tom Selleck jovem .

— Ah, eu sinto muito! Eu estava perdida em meus pensamentos e n?o te vi! — disse Phoebe, enquanto corria para o caixa.

O homem abriu um grande sorriso que clareou o ambiente como uma l?mpada de 100 Watts, pelo brilho de seus dentes brancos. Phoebe atе pensou ter realmente visto um brilho de luz refletido neles.

— Sem problemas. N?o tenho pressa alguma.

Phoebe come?ou a passar as compras.

— Nunca te vi por aqui. Estа sо de passagem?

O homem sorriu.

— N?o, planejo ficar por um tempo. Na verdade, estou procurando uma casa com um pre?o justo para comprar.

Phoebe, ainda passando as comprar, disse:

— Ah, n?o posso ajudа-lo com isso. Mas temos uma imobiliаria na cidade, a Anderson Imоveis. Fica alguns quarteir?es a leste da Pra?a do Fоrum.

O homem assentiu.

— Obrigado. Talvez um dos meus funcionаrios jа esteja lа.