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O Testamento: O Código De Deus
O Testamento: O Código De Deus
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O Testamento: O Código De Deus

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—Calma,Philliphe.Não se sinta assim.Tem coisas que não tem explicação.(Renato)

—Você não pode julgar a Deus nem questioná-lo pois está muito acima de você.Como pode o vaso de barro enfrentar o oleiro?(Guardiã)

—Eu sei.Só queria entender o porquê de tudo isto na minha vida.(Philliphe)

—Aonde quer chegar realmente?(Pergunta Renato)

—Sabe,tive o prazer de ler o livro “A noite escura da alma”,aprendi um pouco sobre as trevas,as possibilidades de recuperação,sobre os pecados capitais ,em relação á noite mais escura e ao terminar de lê-lo suscitou em mim o desejo de tentar,de recomeçar com a mente mais calma e limpa.Quero entender um pouco de Deus,do meu destino,como retomar a felicidade e vencer novamente.Acham isto possível?

—Meu amigo,com minha larga experiência alcançada em minhas andanças com o vidente,posso dizer que tudo é possível.Só não sei em que ponto parti pois também tenho minhas dúvidas além do desejo de também conhecer a Deus.(Confessa Renato)

—Posso dar minha opinião?(Intrometeu-se a guardiã)

—Claro.(Renato e Philliphe)

—Procurem o filho de Deus,ele é o único iluminado da Terra que pode achar uma saída neste caso.(Respondeu ela)

—Ótima idéia.O que acha,Philliphe?(Renato)

—Aprovado também.Meu sonho é conhecê-lo pessoalmente.(Ele reforçou)

—Muito bem.Espere só um instante que vou arrumar minhas malas por precaução.Provavelmente,estamos diante do início de uma nova saga que promete muito.(Renato)

—Está bem.(Philliphe)

Renato foi cuidar das malas e dos últimos detalhes para a partida.O que aconteceria?Mais uma aventura instigante se desenhava nas entrelinhas.

A descida

Com tudo pronto,Renato despediu-se da sua mãe adotiva e junto com Philliphe saíram do casebre.Com mais alguns passos,pegam a vereda mais curta que os levaria até o destino.No momento,o silêncio impera entre os dois alimentando as dúvidas de ambos que provavelmente seriam sanadas no encontro prometido.

E a grande travessia se inicia....Com os dois vivendo momentos completamente diferentes.Enquanto um era pré-adolescente e por natureza entusiasmado por aventuras,o outro era um homem feito,com cerca de quarenta anos,disposto a aprender ,resgatar valores e encontrar um Deus que confessava não conhecer nem entender.O que os ligava era a sede de conhecimento e a empatia mútuas.

Mais adiante, já ultrapassam a grande pedra e iniciam a descida.Caminham mais cem metros e a pedido do visitante fazem uma parada para se reidratar.Renato aproveita o momento e inicia uma conversa:

—Você é de onde mesmo?

—Sítio quinze metros,próximo a Arcoverde,conhece?

—Conheço sim.Já fui várias vezes em Arcoverde e passo por lá.Gosto muito.

—Também gostei daqui.Este vale é muito lindo com Mimoso ao fundo.Entendo a inspiração sua e do seu companheiro nos livros.

—Obrigado.Nossa região é especial em cada cantinho.E da montanha,gostou?

—Inspirou-me muito e agora estou mais convicto do que quero.Adiante sempre!

—Muito bem,meu amigo,que bom.É o primeiro passo para o sucesso e a paz desejadas.Qualquer coisa,estamos aqui.

—Muito obrigado.Podemos continuar?

—Claro que sim.

Os dois retomaram a caminhada.Mantendo um ritmo regular,desceram a íngreme serra,entre curvas e saudades na estreita vereda.Em quinze minutos,chegam no Juazeiro imponente já no terreno plano.Param mais uma vez.Gentilmente,Philliphe cede um pouco de água e comida a Renato que esquecera do seu cantil.Restabelecidas as forças,voltaram a caminhar os últimos trezentos metros com a imponente aglomeração do Mimoso bem perto.Agora faltava pouco.

No percurso restante,entre conversas e brincadeiras,vão ultrapassando as últimas barreiras que se apresentam.O momento é de construção e parece que os dois perceberam isto pois não perdem uma oportunidade.Rumo ao futuro e ao sucesso!

O trajeto é concluído.Diante do bangalô quase destruído pelo tempo,batem palmas e de dentro dele surge um jovem normal,magro,altura média,cabelos pretos,cor moreno-claro,esbelto com feições que se destacam.Aparentando surpresa,o mesmo se comunica.

—Renato,você por aqui?Como vai?E você?Qual o seu nome?

—Oi,tudo bom?Vim numa missão importante.Este é Philliphe,um dos seus leitores.

O vidente sorriu e aproximando-se mais educadamente cumprimentou os dois.

—Tudo bem.Sejam bem vindos.Prazer,Philliphe,pode me chamar de vidente,filho de Deus ou de Aldivan mesmo.

—O prazer é todo meu.Sou seu fã desde sempre.

Philliphe,ainda sem acreditar,lhe deu um forte abraço duradouro.A emoção tomou conta dos presentes e o abraço terminou sendo triplo.Eram como se fossem os três mosqueteiros,um por todos e todos por um mesmo sem ter ainda consciência disso.

Findo o abraço,se afastaram um pouco e o vidente tomou a palavra:

—Desculpem o mau jeito.Entrem,por favor.

Os dois aceitam o convite e juntos adentram na casa.Ultrapassam a entrada,percebem que está vazia,vão á sala de estar,elogiam os móveis e a decoração,o anfitrião agradece,e finalmente sentam nos assentos da poltrona, ficando frente a frente.Curioso por natureza,o vidente não se conteve e retoma a conversa:

—O que os trouxe aqui?

—Vimos pedir sua orientação e ajuda.Philliphe me procurou,falou dos seus problemas angustiantes e por sugestão da minha mãe viemos procurá-lo.(Explicou Renato)

—Ahan,entendi.O que lhe aflige,Philliphe?(O filho de Deus)

—Perdi toda minha família num acidente trágico.Agora quero entender o porquê disto,encontrar a Deus,reorganizar um pouco a minha história.(Respondeu ele)

—Interessante.Você acha que sou capaz de ajudá-lo?(O vidente)

—Creio que sim.Pelo seu carisma e talento,você é capaz.(Philliphe)

O vidente se emociona,analisa friamente a situação e decide ajudar aquele pobre homem sofredor pois aprendera nos seus piores momentos o valor de um apoio e de alguém que acredite em si mesmo.A sorte estava lançada!

—Muito bem.Aceito o desafio.O que sugere Renato?(vidente)

—Não tenho idéia.(Respondeu o menino sem reação)

—Como se sente,Philliphe?(O filho de Deus)

—Totalmente destruído,revoltado e sem fé e esperanças.Vivo uma noite densa.(Philliphe)

—Uma existência quase desértica.(Concluiu Renato)

—É isto!(Gritou o vidente)

—O que foi?(Philliphe)

—Que tal se irmos ao deserto e tentar encontrar a Deus?(Vidente)

—Òtima idéia.(Elogiou Renato)

—Onde seria?(indagou Philliphe)

—Ouvi falar de um lugar extremamente inóspito no município de Cabrobó,sertão de Pernambuco.O povoado se chama Travessia do deserto e de lá poderíamos partir para a nossa aventura,o gigante deserto da cidade.O que acham?(Aldivan)

—Por mim,estou pronto.O que acha,Philliphe?(Renato)

—Eu também estou.O que estamos esperando?(Philliphe)

—Bom,vou ligar para meus familiares e avisar que estou de saída.Além disso,tenho que preparar as malas.Podem me ajudar?(Vidente)

—Sim.(os dois)

Os três se dirigiram ao quarto e juntos começam a arrumar a mala do vidente.Enquanto cuidam dos detalhes,aproveitam para melhorar o entrosamento da equipe.O clima no momento é agradável apesar do grande desafio que se apresenta.

Vinte minutos depois,terminam as malas,deixam o recado,fecham a casa.o vidente deixa as chaves com o vizinho e juntos partem em direção á rodovia BR 232.Começava aí mais uma saga da série o vidente que já conquistara o coração de muitos.Em frente,sempre!

A viagem

Durante o caminho até a rodovia os viajantes se distraem conversando entre si,admirando a paisagem que se encontrava ainda verde pois estávamos no mês de setembro do corrente ano de 2014.

A região de Mimoso era mesmo linda .Porém,eles tinham consciência de que o mundo não se restringia só ali e as aventuras lhe davam as condições de conhecer os mais variados lugares do imenso país que habitavam.E isto era muito bom.A cada nova experiência,aumentava a sua sede de conhecimento e ampliava sua cultura que também era influenciada por cada pessoa que encontravam no caminho.Em frente sempre,pela literatura e pelo prazer!Era um dos lemas da equipe.

Com este pensamento em mente,concluem o trajeto de aproximadamente um quilômetro sem maiores problemas ou surpresas.Chegam na beira da pista e iriam pegar a primeira autolotação rumo á rodoviária da cidade vizinha,Arcoverde.De lá,pegariam um ônibus para o destino final,Cabrobó.Enquanto esperam, aproveitam o tempo para escutar a boa e animada música brasileira no radinho de pilha que Renato não esquecera de levar.A música ajuda no relaxamento de todos.

Uma hora depois,finalmente uma autolotação passa:Uma besta cor de prata,larga e espaçosa.Os três adentram na mesma e por sorte tem vagas para todos ficarem sentados,ficam um ao lado do outro.No trajeto curto,aproveitam para serem simpáticos,conhecem novas pessoas e mantêm um bom bate papo envolvendo motorista e demais passageiros.Com isto,o tempo parece passar bem rápido.

Quando menos esperam,já chegam na cidade.Como a rodoviária ficava bem distante do centro (Bairro São Cristovão) tem que esperar a entrega dos passageiros em cada um dos pontos até chegar a vez deles.No momento em que isto se concretiza,se despedem,pagam a passagem e agradecem ao condutor.Agora se iniciava a segunda parte da viagem,bem mais longa e estressante.

Philliphe e o vidente vão se informar sobre os horários dos ônibus para Cabrobó enquanto Renato espera sentando nos bancos.O atendente informa aos dois que o próximo sai em duas horas.No reencontro com Renato,decidem conjuntamente sair um pouco,procurar um restaurante e fazer um lanche reforçado.

E assim fazem.Saem da rodoviária,atravessam a avenida principal e pedindo orientação a algumas pessoas chegam a um restaurante chamado pôr-do-sol localizado a uma quadra a esquerda dali.Ao adentrar no estabelecimento,são direcionados a uma mesa com cadeiras que ainda estava vazia e é fornecido um cardápio para que pudessem avaliar o que pedir.

Ficam cerca de quinze minutos neste exercício e acabam,por maioria dos votos,escolhendo macaxeira cozida com charque.Chamam o garçom,repassam o pedido e enquanto esperam a conversa se inicia.

—Muito ansioso com a sua primeira viagem de aventuras,seu Philliphe?(indaga o vidente)

—Muito mesmo.Sabe,em minha vida inteira nunca aconteceu coisa igual e depois que li o seu livro sonhava com este momento.(Philliphe)

—Eu entendo perfeitamente.Na minha primeira vez,também me senti assim.(constatou Renato)

—A primeira vez sempre é especial,a melhor de todas.Depois,fica-se viciado como eu.Não consigo viver parado,tanto nas esferas espiritual e corporal.(O vidente)

—Maravilha.Se pelo menos achar uma solução para o meu problema já me dou por satisfeito.Tenho que entender que já tenho certa idade.(observou Philliphe)

—E você se considera velho?Qual a sua idade?(O vidente)

—Em torno de quarenta mas sofri tanto na vida que pareço ter cinquenta.(Philliphe)

—Muito jovem.Com os avanços da medicina,está praticamente na metade da vida.(vidente)

—Além do que a idade é algo que está em nossas cabeças.Por exemplo,tenho quinze anos de idade real e uns trinta anos de idade mental.(explicou Renato)

—Brilhante,companheiro!Está vendo,Philliphe?Não se preocupe com isso.(vidente)

—Obrigado pela força dos dois.Aliviou um pouco a minha dor.(Philliphe)

“Philliphe se emociona por ter encontrado dois personagens tão legais e distintos” . "Tinha tido muita sorte mesmo”.Quantos milhões não sonhavam em estar frente a frente com o vidente super poderoso dos livros e que polemicamente se declarava “O filho de Deus”?E quantos outros não queriam estar junto de Renato,símbolo de superação,que fora fundamental em todas as aventuras da série?Além de ter tido conhecido a miraculosa guardiã?Ainda bem que arriscara,procurara seu destino no momento certo e que os dois compraram sua causa.

Lágrimas continuam a rolar do seu rosto,o vidente e Renato se preocupam,o confortando com um abraço.Juntos os três se tranqüilizam.Alguns instantes depois,finalmente o rango fica pronto e delicadamente é servido nos pratos de cada um.

Começa uma pausa para o lanche reforçado e todos educadamente começam a alimentar-se em silêncio.Neste ínterim,pessoas saem e entram no restaurante,uma música ao fundo começa a ser tocada o que toca ainda mais os corações sensíveis dos três incitando a comunicação novamente.

—Gosta de Música popular Brasileira (MPB),filho de Deus?(pergunta Philliphe)

—Gosto.Tenho um gosto eclético para música:gosto de música que tenha letra,qualidade e toque ao fundo do coração.Especificamente,amo música internacional com seus principais expoentes (apesar de não entender),sertanejo,pop,rock,funk,romântico,country,axé,etc.(O vidente)

—E você Renato?(Philliphe)

—Gosto de música sem vergonha.kkkkk.(em risos,Renato)

—Como assim,kkkk?(em ataque de risos,Philliphe)

—Letras com duplo sentido,palavrões e ousadas.Mexem muito com a minha imaginação!(Renato)

—Tem vergonha,Renato!Vai rezar que é melhor.(vidente)

—Não me provoque.Você pode ser o filho de Deus mas ainda não é santo.Não me force a falar.(diz Renato,irado)

—Chantagista,kkkk.Paz,Renato!(vidente)

—Vocês dois são umas figuras,hein?Realmente na música há gosto para tudo e todos os estilos tem que ser respeitados.Eu,particularmente,sou dos antigos e gosto mais do meu forrozinho pé de serra como todo bom sertanejo.Quando estava com minha falecida amada Angélica,curtimos vários momentos felizes junto ouvindo este tipo de música.Sabem,é muito mágico,inexplicável.(Philliphe)

—Eu entendo.Amo também a música e ela me desperta também muitos sentimentos distintos.Na verdade,escuto música a todo o momento pois me faz muito bem.(o vidente)

—Como esta que está tocando agora?(Philliphe)

—Sim,um grande amor impossível.(O vidente)

—Não é bom,companheiro.Já falamos sobre isso.Siga sua vida.(Renato)