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História Dos Lombardos
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História Dos Lombardos

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a terra rejeita os cadáveres.
Pelo dragão é formado o fugitivo;
moedas fazem chover o éter.
Resiste o cristal à rocha;
esborram de óleo os jarros.
A sua vista desmancha as correntes;
os mortos retornam à vida.
O poder de tão grande luz
é vencido pelo desejo da irmã
quanto mais um ama, tanto maior a força
que decifra para voar no céu.
Reluz na noite um esplendor
desconhecido antes das pessoas;
percebe-se nele todo o globo,
e entre as chamas o Santo em cruz.
Entre estas coisas, com a sua palheta tornou claras admiráveis realidades, semelhantes ao néctar;
traçou, de fato, uma linha precisa
de vida consagrada para os seguidores.
Mas você, afinal guia poderoso para seus filhos,
seja propício aos suspiros do rebanho;
desencadeie ele no bem e se guarde da serpente para seguir no seu caminho.

Gostaria de referir aqui um fato que o beato Gregorio não menciona na vida de San Benedetto, nosso pai fundador. Quando, por inspiração divina, vem de Subiaco nestes locais onde agora repousa, foi seguido por três corvos que ele costumava nutrir, eles voaram em torno por cinquenta milhas. Ao chegar a uma encruzilhada, lhe apareceram dois anjos em forma de jovens para indicar-lhe o caminho a tomar.

Sempre aqui vivia um Servo de Deus em uma humilde casinha ao qual o céu tinha dito: «Tenha cuidado destes lugares, um outro amigo está aqui». Ao chegar aqui, na Rocca di Cassino, Benedetto se mortificou em uma severa e contínua abstinência, sobretudo, no tempo de quaresma fazia retiro, afastado dos problemas do mundo. Estas notícias as encontrei no canto do poeta Marco, que vindo em visita a Benedetto compôs alguns versos em seu louvor, não os mostro aqui em seguida porque não quero alongar-me demais na narrativa. Foi com certeza o Céu a conduzir Benedetto neste local fértil sob o qual se estende um vale exuberante: queria que aqui se reunisse uma congregação de muitos monges, assim como acontece realmente, graças à orientação de Deus.

A terminar de narrar estas coisas, que não podia ignorar, volto à nossa história.

27. Audoino, Rei dos Longobardos, teve como esposa Rodelinda, ela gerou-lhe um filho, Alboino, adequada à guerra e valoroso na ação. Morto Audoino, o décimo Rei foi assim Alboino que se torna com os votos de todos. As muitas ações de Alboino o tornaram famoso e Clotario, Rei dos Francos, quis unir-se a ele dando-lhe como mulher a própria filha Clotsuinda, desta união nasceu só uma filha, Albsuinda.

No entanto, morreu Turisindo, Rei dos Gepidi, ao qual seguiu Cunimondo. Este, querendo se vingar das velhas rusgas sofridas, rompeu o tratado de paz com os Longobardos e preparou a guerra. Alboino tinha firmado um pacto perpétuo com os Avaros, aqueles que um tempo eram chamados Unos e só em seguida Avaros, do nome de um seu Rei. Alboino partiu para a guerra provocada pelos Gepidi e enquanto estes últimos, de várias direções, se moviam contra ele, como por acordos tidos com o Rei Longobardo, os Avaros invadiram o território dos Gepidos. Um triste mensageiro chegou à Cunimondo com a notícia que os Avaros tinham entrado nas suas terras. Abatido no moral, disposto em frente a uma escolha angustiantes, Cunimondo decidiu enfrentar antes os Longobardos e encorajando-os à batalha adicionou que depois de tê-los vencido teria expulsado da sua pátria os Unos.

A inevitável batalha foi conduzida com todas as forças, os Longobardos resultaram vencedores e cruelmente se lançaram contra os Gepidi com tanta fúria que os massacraram quase que completamente, tanto que a duras penas salvou-se quem levou a notícia do extermínio. Naquela batalha, Alboino matou Cunimondo e, retirando-lhe a cabeça, a fez de copo para beber, do tipo daqueles que junto deles são chamados “scala” e em latim “patera”. Fez também prisioneira a filha do Rei Gepide de nome Rosmunda e uma grande multidão de homens e mulheres de todas as idades. Alboino, dado que Clotsunda estava morta, tomou Rosmunda como mulher e sua futura desgraça, como depois ficou claro. Com aquela vitória, os Longobardos recolheram uma grande riqueza. A estirpe dos Gepidi foi destruída, quem escapou acabou na parte sujeita aos Longobardos e em parte sob o duro jugo do Império Uno que até hoje ocupa a sua pátria.

O nome de Alboino, em vez disse, surgiu com grande fama tanto que junto aos Bavaros, Saxões e outros homens que falam a mesma língua, conta-se que as suas proezas, a fortuna em guerra, o valor em batalha e a gloria. Sob o seu governo, os Longobardos fabricaram também muitas novas armas de uma madeira especial como se conta ainda hoje.

Fim do Primeiro Livro

Segundo Livro

1. Enquanto a fama das contínuas vitórias dos Longobardos se difundia em todos os lugares, Narsete, “Cartulário imperial” e governador na Itália, estava ocupado preparando a guerra contra o Goto Totila. Já tendo sido os Longobardos federados do Império, Narsete mandou embaixadores para Alboino pedindo-lhe de colocar-lhe à disposição um contingente auxiliar para a iminente guerra contra os Gotos. Alboino enviou um contingente de homens escolhidos que chegaram na Itália atravessando o golfo do mar Adriático. Estes aliados dos Romanos participaram das batalhas derrotando e exterminando os Gotos, matando também o Rei Totila, honrados e cheios de presentes, voltaram para as suas terras.

Por todo o tempo em que ficaram separados em Pannonia, os Longobardos foram Federados da República Romana e os ajudaram contra os seus inimigos.

2. Naqueles anos, iniciou uma guerra contra o Duque Buccellino. O Rei Franco Teodeberto, no momento de voltar para a Gália, o tinha deixado na Itália junto a um outro Duque, Amingo; tinham o dever de submeter toda a península. Buccellino mandou ricos presentes ao seu Rei, estas eram parte do grande saque acumulado e enquanto se preparava para passar o inverno na Campania, foi alcançado e vencido, por Narsete em uma dura batalha na localidade conhecida com o nome de Tanneto. Na batalha, o mesmo Buccellino é morto. Em seguida, Amingo tentou levar ajuda à Windin, um Conde Goto que tinha se rebelado a Narsete, ambos foram derrotados pelo general Romano, Windin foi enviado em exílio em Constantinopla enquanto Amingo foi assassinado pela espada de Narsete. Um terceiro Duque, Leutario, irmão de Buccellino, carregado com muito produto de saque, tentou voltar para a pátria, mas entre Verona e Trento, perto do lago Benaco, morreu de doença.

3. Narsete teve que arcar com ainda uma guerra contra Sindualdo Rei dos Brionos, uma parte daquela estirpe de Eruli que Odoacre levou consigo no tempo da sua vinda na Itália. Em Sindualdo, Narsete tinha dado muitos privilégios na qualidade de aliado de Roma, mas depois Sindualdo, tomado pelo orgulho e pelo ímpeto de reinar se rebelou a Narsete. Ele o derrotou em batalha e o capturou, depois Sindualdo acabou enforcado em uma alta trave.

Além disso, o Patrício Narsete, para o trâmite do general Digisteo, homem forte e belicoso, ocupou toda a Itália. Narsete foi para a Itália como Cartulario mas graças ao seu valor obteve o Patriciado. Era um homem pio, de religião católica, generoso com os pobres e cuidadoso na restauração das igrejas. Tão fervoroso nas vigílias e nas orações que obteve a vitória mais com as súplicas a Deus do que com as armas.

4. No tempo em que Narsete governava a Itália, explodiu uma gravíssima epidemia de peste na província da Ligúria. Inesperadamente apareceram manchas nas casas, nas portas, nos vasos e nas roupas, quando alguém tentava limpá-las estas se tornavam ainda mais evidentes. Passado um ano, aos homens apareceram glândulas grandes como uma noz ou uma tâmara nas áreas inguinais e em outras partes delicadas do corpo. A isto seguia uma forte febre que em três dias levava à morte. Quem conseguia superar os três dias tinha boas esperanças de sobreviver. Em todos os lugares havia luto e lágrimas e como entre o povo tinha se espalhado a voz de quem se afastava das casas podia sobreviver, elas eram abandonadas, vazias, só os cães ficavam para guardá-las. Permaneceram sozinhos nos pastos os rebanhos, sem pastores para vigiá-los. Onde antes se avistavam vilas e acampamentos cheios de gente, agora eram desertos e abandonados pois todos tinha fugido. Fugiam os filhos deixando sem sepultar os cadáveres dos pais, fugiam os pais deixando os filhos tomados pelas fortes febres. Quem persista e continuava oferecendo piedosa sepultura como por antigos costumes, era contagiado e ficava por sua vez sem ser sepultado. Ao oferecer a última honraria ao cadáver do defunto deixava o seu cadáver sem a honra da sepultura.

Os locais voltaram ao silêncio primordial, nenhuma voz nos campos, nenhum apito de pastores, nenhum perigo de feras para o gado, nenhum para os pássaros domésticos. As colheitas que já tinham que estar sendo colhidas, esperavam o colhedor, a vinha já sem folhas e com a uva avermelhada permanecia ilesa na videira enquanto já o inverno começava.

O silêncio reinava soberano onde antes se ouviam as trombetas de guerra e o estrondo das armas, nenhum viajante e nenhum combatente, mas mesmo assim havia cadáveres até onde o olhar pudesse alcançar. Os abrigos dos pastores tinham se tornado tumbas para os homens e as habitações para as feras. Mas esta desventura golpeou só os Romanos no território italiano até a fronteira com os Alemães e os Bavaros.

Enquanto isso acontecia na Itália, morria Giustiniano e em Constantinopla Giustino II (Segundo) assumiu o comando do estado. Narsete capturou Vitale, bispo da cidade de Altino, que muito tempo antes tinha fugido para Agunto no Reino dos Francos e o condenou ao exílio na Sicília.

5. Narsete, vencida cada estirpe Gota na Itália e também os outros que falamos antes, colocou junto riquezas de ouro, prata e outras coisas preciosas, suscitando grande inveja naqueles Romanos que ele tinha defendido e protegido dos muitos inimigos. O seu ódio produziu uma mensagem que mandou escondido para Augusto Giustino e sua mulher Sofia, uma mensagem que recitava assim: «Aos Romani é agradável ser escravo tanto dos Gotos quanto dos Gregos, do momento que nos governa um eunuco, Narsete, e nos mantém oprimidos em escravidão e que o nosso pio Príncipe o ignora. Libere-nos das suas mãos ou certamente entregaremos a cidade de Roma e com ela nós mesmos, aos pagãos.». Ao saber disso, Narsete respondeu com estas palavras: «Se agi mal com os Romanos, mal terei». O imperador, indignado com Narsete, mandou Longino para a Itália como Prefeito para tomar o lugar.

Narsete, amedrontado por estas coisas e sobretudo pela princesa Sofia, não ousou voltar para Constantinopla. A propósito disso, conta-se que a mulher do Imperador, ao saber que Narsete era um eunuco, disse que a teria colocado com as moças no gineceu para separar os novelos de lã. E parece que Narsete tenha respondido: «Irei tecer uma trama tal que enquanto for viva não poderá liberá-la». Mas depois, amedrontado e aborrecido pelo ódio da princesa, se afastou para Nápoles, uma cidade da Campania e ali enviou mensageiros ao povo Longobardo convidando-o a deixar a pobre terra de Pannonia para vir conquistar a bem rica Itália. Para seduzi-los à conquista, enviou muitos tipos de fruta e outros produtos dos quais a Itália é rica. Os Longobardos acolheram com favor aquela mensagem também porque já há tempo a esperavam e desejavam fazer isto, antecipando as muitas vantagens. E logo no céu da Itália apareceram à noite espadas de fogo, presságio daquele sangue que será versado para este acontecimento.

6. Alboino decidiu partir para a Itália com os Longobardos, pediu ajuda aos seus velhos amigos, os Saxões, pois queria ter o máximo de guerreiros possível para levar ao fim a conquista. E os Saxões vieram até ele, vinte mil guerreiros com mulheres e filhos, como acertado, decididos a participar da conquista.

Ao tomarem conhecimento disso, Clotario e Sigiberto colheram a ocasião para distribuir Svevi e outros povos nos territórios deixados livres pelos Saxões.

7. Alboino deixou as terras dos Longobardos, a Pannonia, aos seus amigos Unos mas com o pacto que fosse obrigados a voltar, os Avaros teriam restituído aqueles campos aos Longobardos. Assim, os Longobardos, recolhido cada bem doméstico, com mulheres e filhos, foram em marcha rapidamente para a Itália. Tinham habitado a Pannonia por quarenta e dois anos, saíram em abril, a tempo da "primeira assembleia eclesiástica”, o dia depois daquele de Páscoa que naquele ano, segundo os cálculos, caía no primeiro de abril, quando já tinham passado 548 anos da encarnação do Senhor.

8. Quando o Rei Alboino chegou à fronteira com a Itália com todo o exército e com a multidão de povos em seguida, subiu em um monte que se elevava naqueles lugares e de lá contemplou aquela parte da Itália até onde o olhar podia alcançar. Daquele momento, aquele monte foi chamado “Do Rei”. Conta-se que naquele monte viviam também bisões selvagens e não havia motivo de se maravilhar porque a Pannonia está próxima e ali estes animais são prolíficos. Um velho digno de confiança me contou que no monte viu uma pele de um bisão morto sobre o qual podiam se estender até quinze homens.

9. De lá, Alboino entrou na província de Veneza, praticamente sem encontrar resistência, a capital da região é a cidade, ou melhor, a fortaleza de Cividale del Friuli. E logo começou a pensar a quem dar o comando daquela região. A Itália ao leste é circundada pelo mar Adriático e depois pelo mar Tirreno a sudoeste, ao norte e noroeste é protegida pelos altos Alpes, que não têm passagens se não estreitas gargantas e altos cruzamentos, à nordeste em vez disso, naquela área que faz fronteira com a Pannonia, tem uma passagem bastante fácil. Refletindo sobre qual Duque colocar no comando de Cividale del Friuli, escolheu Gisulfo, homem hábil em todas as coisas que era também seu sobrinho e seu Escudeiro, que na sua língua se diz “marphis”. Gisulfo disse que não teria aceito o governo daquela região se não lhe fossem atribuídas os “Fara” escolhidos por ele e Alboino lhe concedeu, Gisulfo pediu também rebanhos de cavalos de boa raça, isto também lhe foi concedido. Assim ele escolheu entre os mais nobres Fare dos Longobardos e obteve grandes honras e o título de Duque.

10. Nos anos em que os Longobardos invadiam a Itália, o Reino Franco foi dividido em quatro partes pelos filhos do defunto Rei Clotario. O primeiro, Ariperto, se estabeleceu em Paris, o segundo, Guntramno, governou em Orleans, Ilperico colocou o seu trono em Suisson, de onde tinha reinado seu pai Clotario e Sigiberto governou a cidade de Metz.

Neste mesmo período era Papa o santíssimo Benedetto.

No comando da cidade de Aquileia estava o beato Patriarca Paolo, o qual, temendo as barbáries Longobarda, se refugiou na ilha de Grado levando com ele o tesouro da igreja de Aquileia.

No inverno que precedeu a chegada dos Longobardos, na planície caiu muita neve como de costume nos picos dos Alpes e depois no verão a colheita foi abundante como não se lembrava há tempo.

Sempre nestes anos, os Unos, ou seja, os Avaros, ao saber da morte de Clotario atacaram seu filho Sigiberto mas este os enfrentou em Turingia no rio Elba, os enfrentou em combate e depois sob seu pedido lhes concedeu a paz. À Sigiberto é dada como mulher Brunechilde que veio da Espanha. Ela lhe deu um filho de nome Childeberto.

Depois, de novo, os Avaros atacaram Sigiberto nos mesmos locais da anterior batalha e desta vez venceram, massacrando o exército Franco.

11. Neste ano, Narsete voltou para Roma da Campania mas morreu logo depois, o seu corpo foi colocado em uma arca de chumbo e com todas as suas riquezas foi enviado para Constantinopla.

12. Quando Alboino chegou no rio Piave, o bispo de Treviso, Felice, ficou contra e a ele e Alboino concedeu conservar todos os bens da Igreja, mostrando-se bondoso e confirmou isto com a “Pragmática Sanção”.

13. Tendo nomeado este Felice, quero aqui falar do venerável e santíssimo Fortunato que nos conta que Felice foi seu companheiro. O Fortunato de quem estou para lhes falar nasceu em um lugar chamado Valdobbiadene a não pouca distância do castelo de Ceneda e da cidade de Treviso. Foi criado em Ravenna onde se tornou célebre na arte da gramática, na retórica e também na métrica. Tendo ambos dor nos olhos, foram juntos para a basílica dos beatos Paolo e Giovanni disposta no interior dos muros da cidade. Aqui há um altar construído e honra do beato Martino confessor, aí sobre uma janela existe uma lâmpada para iluminar. Com o óleo daquela lâmpada, Fortunato e Felice ungiram os olhos e logo a dor dos olhos sarou, como desejado por eles. Por este motivo, Fortunato venerou sempre o beato Martino e pouco antes que os Longobardos invadissem a sua pátria foi para Tours em visita ao sepulcro do santo. O mesmo Fortunato nos conta em versos a sua viagem através das correntes de Tagliamento, Ragogna, Osoppo, os Alpes Giulie, a fortaleza de Agunto, os rios Drava e Birro, as terras dos Brioni, a cidade de Augusta, banhada pelo Birro e Lech. Depois de chegar em Tours e ter cumprido seu Voto, estabeleceu-se em Poitiers onde escreveu, em prosa e versos, muitas vidas de santos. Em Poitiers foi ordenado primeiro presbítero e depois bispo e agora repousa sepultado com dignas honras. Ali escreveu também a vida do beato Martino, quatro livros em hexâmetros. E escreveu muitos outros carmos em doce e culta língua, hinos para as festividades cristãs e para os amigos. Foi em peregrinagem no seu sepulcro como lhe pedido por Apro, abade daqueles locais e ali compôs este epitáfio.


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