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Como Beijar Uma Debutante
Como Beijar Uma Debutante
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Como Beijar Uma Debutante

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Rafe pensou em tudo o que tinha feito enquanto estava fora e o que ainda havia por fazer. O pai teria muitas perguntas sobre a propriedade. Poderia muito bem lidar logo com isso. Então poderia fazer algumas perguntas sobre a senhorita Aletha. Havia pouca probabilidade de Alex e Drew saberem quem ela era e como ele poderia localizá-la. Eles tendiam a ter informações sobre toda mulher casadoura da vizinhança.

Embora quisesse se apressar e ir logo em busca de Aletha, tinha muitas obrigações familiares a atender. Também teria que ir ver William. Era o casamento dele, afinal de contas. E William era um bom amigo de Rafe. Iria ver o pai e depois visitaria William. Só depois disso é que faria o que realmente queria. Aletha.

Alfred arrancou com o carro e foi em direção a Marsden House. Não demorou muito para chegar. Logo Alfred estava estacionando na frente da casa. Então, ele saiu do assento do motorista e foi abrir a porta de Rafe. Rafe saiu do veículo e entrou na casa. Alfred o seguiu com a bagagem.

– A família tomará chá no salão principal daqui a uma hora, caso o senhor queira se juntar a eles – Alfred informou. – Acredito que alguns dos cavalheiros estejam na sala de jogos agora, caso queira vê-los. Se não, o senhor pode descansar no quarto. A Sra. Smithy já tomou todas as providências e o seu quarto está pronto.

– Obrigado, Alfred – disse. – Pode providenciar para que as minhas malas sejam levadas para lá? Por agora, estarei na sala de jogos.

– Muito bem – respondeu Alfred, e logo fez uma mesura. O motorista deu meia-volta e subiu as escadas com a bagagem de Rafe.

Rafe seguiu para a sala de jogos. Não sabia quem encontraria lá, mas chegou à conclusão de que aquilo não era importante. A companhia seria bem-vinda de qualquer forma. Precisava de alguma coisa para ajudar a tirar Aletha da cabeça. Ao menos até poder separar um tempo para encontrá-la. Entrou na sala de jogos e encontrou William e os gêmeos apoiados na mesa de bilhar.

– Interrompo algo? – perguntou.

William olhou para ele e sorriu.

– Já era hora de você aparecer. Por que demorou tanto? O resto da sua família está aqui há dias. Estava começando a pensar que o meu padrinho não apareceria.

– Certo – disse Drew, em um tom arrastado. – Você está com medo de o casamento ser contagioso?

– Tudo bem se estiver – disse Alex, e deu de ombros. – Pode muito bem ser. Will tem sorte por eu amar o idiota, se não vocês não veriam nem rastro de mim. Parece que todo mundo está indo para o altar esses dias.

Rafe riu baixinho.

– Tenho certeza de que não é contagioso. – Embora fosse acabar dispersando-os caso desse sua opinião sobre o assunto. Eles podiam começar a acreditar naquele disparate. Rafe queria sossegar. Só não tinha achado a mulher que considerava ser boa o suficiente para passar o resto da vida ao lado dela. Embora estivesse começando a acreditar que Aletha talvez fosse quem estava procurando. – Mesmo se fosse verdade, acredito piamente em que vocês dois seriam imunes. Não acredito que exista uma mulher viva que possa convencê-los a cair nessa armadilha em particular.

– É verdade – Drew concordou e olhou para o gêmeo. Eles tinham cachos louros do mesmo tom e, como Sophia, a irmã de Rafe, tinha dito mais vezes do que ele queria ouvir, olhos azuis oníricos. – Rafe não nos conduziria pelo mau caminho. Acho que podemos ir ao casamento do Will e sair de lá sem um noivado a reboque.

– Fico feliz por poder aliviá-los de sua preocupação – disse Rafe, sacudindo a cabeça. Apontou para a mesa de bilhar com a cabeça. – Vocês vão jogar?

– Estamos pensando – respondeu William. – Mas não tínhamos um número ideal de jogadores. Poderemos jogar em times com você aqui.

Rafe pensou no assunto.

– Certo, mas precisamos esmagar os gêmeos maravilha. Eu juro que eles falam um com o outro sem dizer uma única palavra.

– É um dom – respondeu Alex, suavemente. – Vocês só estão com inveja das nossas habilidades malignas.

– Malignas, sem dúvida – concordou Rafe. – Já sobre a inveja… não é para tanto. Somente precaução com a predisposição de vocês para a trapaça.

– Assim você me magoa – disse Drew e se virou para o irmão. – A você não? – Ele ergueu uma sobrancelha. – Eu jamais trapacearia, e você também não, Alex.

– Nem se deem ao trabalho de jogar essa para cima de nós – disse William, revirando os olhos. – Nós os conhecemos desde que vocês eram bebês chorões e não engolimos uma única palavra desse seu disparate.

Rafe sentia saudade deles. Eles se divertiram muito crescendo juntos. Os pais eram amigos próximos de todos eles e eles se certificavam de passar uma temporada na Inglaterra sempre que podiam. Não era só porque a mãe de Rafe tinha parentes no país. Os Marsden eram mais família do que aqueles com quem tinham laços de sangue. Quando visitavam a Inglaterra, ficavam com um dos Marsden ou na propriedade Huntly, já que sua tia Rubina tinha se casado com um duque. Rafe se sentia tão confortável nos Marsden quanto na casa onde tinha crescido na Itália.

– William não está errado – disse Rafe. – Então, vamos jogar ou não?

– Nós vamos – respondeu Alex. – Jogarei com você, e Drew pode formar a dupla com William.

– Tudo bem para mim – disse William. Ele foi até o suporte e pegou um taco. – Drew, arrume a mesa.

– Você pode ir primeiro – disse Alex para William. – Já que estamos todos aqui para celebrar as suas iminentes núpcias.

William riu.

– Nós sempre nos reunimos nessa época do ano. É quase Natal.

– Verdade – concordou Alex. – Estou até tentado a ser generoso e tudo o mais. – Ele apontou para as bolas que Drew tinha arrumado. – Você quer, por favor, dar a sua tacada?

– Já que insiste – disse William. Ele sorriu e então se reclinou para dar a tacada. As bolas voaram pela mesa.

Cada um teve a sua vez, jogando as bolas por cada canto da mesa. O placar foi próximo. William estava certo sobre os gêmeos. Jogar contra eles era derrota certa, principalmente nas cartas. No bilhar as coisas ficavam mais justas, mas separá-los ainda tinha lá seus benefícios. Como resultado, a pontuação terminou muito próxima.

– Ora, que amolação – disse Alex. – Não houve um vencedor óbvio. Como vamos poder cantar os louros da vitória se ninguém ganha?

– Não precisaremos nos dar ao trabalho – disse Rafe. – Foi tudo pela diversão.

Amava todos eles, mas a competitividade dos gêmeos podia sair do controle, às vezes. Rafe pensou em Aletha. Imaginou se ela acharia os gêmeos charmosos assim como a maioria das mulheres achava. Gostava de pensar que ela não olharia para eles duas vezes, mas por se tratar de uma mulher, ele duvidava disso. Às vezes estar com os gêmeos Marsden era uma experiência desconcertante.

– Talvez possamos fazer algo para nos distrair – disse William. – Embora eu deva impor algumas regras. Eu vou me casar. – Ele olhou sério para os gêmeos. – Nada de mulheres de moral duvidosa.

– E o que você acha de mulheres com pouca… integridade? – disse Drew e deu uma piscadinha. – Prometo que elas terão o mais alto nível de moral.

Rafe revirou os olhos e segurou a gargalhada.

– Tenho certeza de que William não deseja fazer nenhuma distinção entre o caráter das mulheres. Ele quis dizer que não está interessado em nenhuma outra mulher que não seja a noiva dele.

– Oh… – Drew franziu o cenho e olhou para William. – Você tem certeza absoluta? Não é tarde demais para mudar de ideia.

William olhou para o alto e Rafe jurava que ele estava pedindo por paciência. Então, ele olhou nos olhos de Drew.

– Eu posso dizer com a mais absoluta convicção que eu amo Victoria e que me casar com ela é o meu maior desejo.

– Maldição – disse Drew. – Então eu acho que nós vamos beber. Se não podemos ter mulheres, então ao menos isso. – Ele foi até o bar e então olhou para Alex. – Presumo que você também vai querer um?

– É claro – disse Alex, meio distraído. – É sempre bom tomar uma bebida.

Drew serviu quatro cálices de brandy e os distribuiu para todo mundo. Rafe não queria muito, mas pensou que não seria prudente recusar. Limitou-se a bebericá-lo lentamente e esperava que Drew não notasse que ele não estava ficando bêbado.

– O que vocês andaram aprontando desde a última vez que estive na Inglaterra? – Rafe perguntou para os gêmeos. – Estou surpreso por ainda não terem se enfiado em uma confusão da qual não puderam se livrar.

– Os problemas nos amam – disse Alex, e deu uma piscadinha. – É parte do nosso charme.

– O charme de vocês com certeza é o problema – concordou William. – Mas duvido de que ele vá segurar as pontas para sempre. Vocês dois alguma vez pensaram…

– Por favor, não termine essa frase, William – disse Drew, seco. – Eu odiaria matá-lo antes do casamento. Victoria não me veria com bons olhos caso fizesse isso.

Drew não estava errado… Victoria era do tipo que não suportava bobagens. Ela foi enfermeira durante a guerra e não tinha muito senso de humor.

– Eu não iria querer aborrecê-la – disse Rafe. – Mas William só está cuidando de vocês. É claro que, em algum momento, vocês terão que se assentar.

– Talvez Alex tenha – cedeu Drew. – Ele é o herdeiro, afinal de contas. Eu posso ficar desembaraçado pelo resto dos meus dias e tenho a total pretensão de ficar solteiro para sempre.

Rafe duvidava de que ele fosse ser capaz de ficar sozinho. Ele não seria capaz de lidar com a solidão. Drew e Alex faziam muita coisa juntos e se Alex se casasse isso deixaria Drew por conta própria a maior parte do tempo. Ele enlouqueceria aos poucos. O amigo teria que encontrar alguém e sossegar. De outra forma, Rafe temia que ele fosse acabar engolido pelo vazio.

– Eu conheci alguém – irrompeu.

– O quê? – Alex se reclinou para frente. – Por favor, diga que eu ouvi errado.

O sorriso de William se alargou.

– Acontece com os melhores de nós. – Ele ergueu o cálice em um brinde. – Espero que ela seja tão maravilhosa quanto a minha Victoria.

Rafe não podia acreditar que tinha contado para eles. O que diriam quando ele sequer pudesse dizer o sobrenome dela? Começariam a pensar que ele tinha perdido a cabeça, e podia muito bem ter perdido.

Drew balançou a cabeça lentamente.

– Malditos casamentos. Eles são contagiosos. Rafe, você mentiu para nós.

Ele franziu o cenho.

– Eu não menti. O casamento de William não tem nada a ver conosco.

– É claro que tem – disse Drew, desgostoso. – Isso nos fazer pensar que nos atar a uma mulher pelo resto de nossas vidas não seja tão ruim assim. Mas você está errado. Esse é um destino que não quero para mim. Então, se me derem licença, vou me esconder no meu quarto até o casamento acabar. Não quero pegar essa doença em particular.

Com aquelas palavras, Drew colocou o brandy sobre a mesa e saiu da sala.

– Ele está estranho já faz alguns dias – disse Alex. – Não deem ouvidos a ele. Drew estará no casamento.

– Eu sei – disse William. – Drew não deixaria que uma coisinha besta como o casamento ser contagioso o impeça de fazer qualquer coisa. Não estou preocupado.

Rafe fechou os olhos e respirou fundo. Falaria com Drew mais tarde. Por agora, estava cansado e precisando de descanso. Bebeu o resto do brandy e colocou o copo ao lado do de Drew.

– Eu vou me retirar também. Vejo vocês no jantar. – Ele saiu da sala sem dizer outra palavra.

CAPÍTULO CINCO

A luz do sol se infiltrou pela janela banhando o quarto em ondas. Aletha queria que a luz brilhante pudesse apagar a melancolia que a preenchia. A família sugava qualquer alegria que sentia. Ela os amava, mas, às vezes, queria muito odiar os pais e o irmão. Eles a deixaram arrasada desde o momento em que chegou em Londres. Se ao menos voltar para Nova Iorque fizesse as coisas melhores… suspirou. Nada faria com que melhorassem a forma que a tratavam. Para eles, ela era nada mais que uma égua reprodutora que poderiam leiloar pelo maior valor. Assim que ela encontrasse um marido rico, com boas conexões e com um título, de preferência, eles ficariam felizes com ela. Até lá, ela era um fardo que nenhum deles queria carregar. A mãe era a pior de todos… ela continuava empurrando cavalheiros solteiros em sua direção e quase exigindo que ela escolhesse um deles ou ela faria isso em seu lugar.

Era demais querer poder ter voz ativa no que dizia respeito à própria vida?

Aletha não queria um marido. Ao menos não o primeiro homem que se enfiasse em seu caminho… É claro, a mãe iria frisar que já tinha apresentado vários para ela, mas aquele não era o ponto. Não queria se casar só para se atar a um homem pelo resto dos seus dias. Se, e somente se, escolhesse se casar, seria por algum motivo além dos ditames da sociedade. Aletha queria amor, respeito e igualdade no casamento em potencial. Não daria um passo atrás do marido e deixaria que ele controlasse a sua vida. As decisões seriam dela e estava resolvida a fazer algo útil da vida.

– Em que está pensando? – o irmão, Christian, perguntou enquanto entrava na sala. – Você não deveria estar fazendo compras ou algo assim? Vá tentar se esbarrar com alguém da sociedade educada. Talvez você tenha a sorte de chamar a atenção de um conde ou algum outro cavalheiro com título.

Ela olhou feio para ele. É claro que ele sugeriria um disparate desses. O irmão tinha a mesma mentalidade atrasada do avô. Mas não podia culpá-lo. Christian tinha aprendido seus ideais nos joelhos de Phillip Carter. O outro avô não participou muito da vida deles. Não interagiam muito com o lado Dewitt da família. Não que Aletha se importasse com esse pormenor. Eles deviam ser tão mente fechadas quanto o resto.

– Você não deveria estar em outro lugar? – Ela ergueu uma sobrancelha zombadora. – Eu não sei… procurando uma dama que se dê ao trabalho de ouvir as idiotices que você pensa?

Christian ignorou as farpas afiadas e foi até o lado mais afastado da sala de estar, onde ficava o bar. O duque e a duquesa de Weston mantinham tudo bem abastecido. Houve uma época em que a família a obrigara a tentar chamar a atenção de Julian Kendall, o atual duque de Weston. É claro, naquela época ele era um segundo filho, mas a conexão seria boa o bastante para eles. Não fazia ideia do porquê. Eles sempre mantiveram certa distância da família. Bem, desde que ela se lembra, pelo menos… Ainda não entendia bem o porquê. E aquilo não significava muita coisa para ela, de qualquer forma. Aletha não tinha querido se casar com Julian e acabou que tudo deu certo. Ele adorava Brianne e eles estavam tão apaixonados que era quase nojento de observar.

– Marquei de ir com o Julian ao clube mais tarde – contou-lhe Christian, enquanto se servia de brandy. – Embora eu duvide muito de que haverá qualquer dama no local. Ao menos não as do tipo decente…

Ela ficou meio atravessada com a observação dele. Os homens podiam ser tão repugnantes.


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