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Flagelo
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Flagelo

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Em algum lugar do interior de Pernambuco

Amanhece no pequeno povoado onde tudo começou: O sonho da série o vidente, as dúvidas, as indiferenças e a esperança na concretização de um milagre. Divinha permanecia o mesmo, um pequeno sonhador. Porém, agora concretizara parte de seus objetivos sendo conhecido em boa parte do mundo ocidental. O sonho da literatura ainda era embrionário, mas com o passar do tempo estava ganhando forma e cor traduzidos em palavras que encantavam cada vez mais corações.

Como de costume, o nosso principal amigo e personagem acordara cedo sempre disposto. Era o seu primeiro dia de férias num total de trinta e só este fato já era algo a ser comemorado. Sentindo-se livre, o mesmo levanta-se de sua cama Box desajeitada pelos solavancos ocasionados por alguns pesadelos da noite, mas enfim, sobrevivera. Ainda bem que tudo era apenas uma ilusão de sua mente por vezes conturbada.

O vidente estava completamente despido, suado e cansado de suas peripécias da noite. Sozinho no quarto, ele procura em seu guarda-roupa uma toalha e uma cueca cor azul-marinho. Ao achar, veste-as e ultrapassando a porta do seu recinto, atravessa as duas salas da casa e chegando ao corredor, entra no banheiro.

Dentro do mesmo,satisfaz suas necessidades fisiológicas e toma um bom banho.Neste tempo,busca refletir sobre seu início de trajetória até os dias atuais.Já reunira as forças opostas,entendera sua noite escura da alma,num flashback entendera o presente e o passado relacionado á sua família,mostrara a um condenado o poder de Deus e a dimensão do seu amor,deram um basta em seu personagem e mostrara ao mundo o que é capaz como filho de Deus,fora até o início dos tempos descobrindo um segredo e lutara contra o preconceito enrustido das pessoas,enfim,estava num caminho de aprendizado muito rico e surpreendente.Isto era só o início e tudo conspirava para uma evolução cada vez maior e mais definitiva.

A realidade demonstrava que era necessário agir em busca de novos horizontes e aventuras.Como próprio se definira,ele era um eterno aprendiz e era necessário continuar sempre na ativa para não perder o fio da história.E que história!Com esta afirmação interior,após um tempo,ele termina concluindo seu banho.Pega a toalha,enxuga-se,abre a porta do toalete e começa a percorrer o mesmo caminho anterior só que em sentido contrário.Bem rapidamente,já se encontra em seu recinto.Ao fechar a porta de seus aposentos,escolhe vestuário e roupas limpas e bonitas.Escolhe uma calça jeans,uma camiseta cor laranja e um sapato social preto.Enquanto veste-se,seu pensamento pousa em seus seguidores.Involuntariamente preocupa-se com todos eles,em especial Renato,que era seu parceiro inseparável.Como estaria?Fazia tempo que ele não aparecia e sentia-se um pouco um órfão abandonado apesar da recíproca ser mais plausível.A única possibilidade de descobrir tinha respeito com sua decisão que prometia ser devastadora.Estava cansado de esperar.Certo disso,ele arruma sua mala com objetos essenciais.Dentre eles,roupas,objetos de higiene pessoal,livros sagrados,um pouco de comida,o seu celular e um rádio de pilha,agenda,relógio e um mapa afim de não se perder no caminho.

Confiante e carregando a mala inseparável, o filho de Deus abandona seu quarto,vai a cozinha,toma café,conversa um pouco com seus familiares e anuncia sua pretensão de viajar nas férias.Não diz nem o destino nem o tempo de afastamento o que provoca um ar de mistério.Sem problemas.Eles estavam acostumados com as suas saídas repentinas devido ao seu trabalho como escritor.Era uma atividade que exigia tempo,dedicação e recolhimento.Ao final das aventuras,ele estaria de volta assim como todo bom filho faz.

Uma nova história iniciava-se. Saindo da cozinha após abraços e beijos calorosos em seus parentes, ele dirige-se a saída de sua residência ainda em reforma. Seus entes cuidariam de tudo enquanto ele estivesse ausente. O pequeno percurso até o lado de fora é percorrido com intensidade e energia. O mundo estava à espera de mais uma grande jornada dos heróis da série o vidente, a equipe mais respeitada do mundo literário. O sucesso era o fim certo deles.

Ao sair, ele pega a trilha que conduzia ao sopé da montanha do Ororubá.O que aconteceria com nosso ídolo amado? Não percam os próximos acontecimentos. Até o próximo capítulo.

Em subida

O começo de subida produziu no pequeno sonhador boas recordações de outrora.Por diversas vezes já visitara aquele lugar e em todas elas constatara ser um sacrário.Ela abrigava a guardião, o jovem Renato e o experiente hindu,personagens sábios e valorosos da série o vidente os quais deixaram sua marca.Esperava que também desta vez ela produzisse um milagre pois se encontrava necessitado.Eu explico melhor.Apesar de ter vivido aventuras sensacionais, o espectro de autor iniciante que carregava era um grande entrave para alcançar as livrarias e conseqüentemente o grande público.Ainda vivia uma fase intermediária de luta e empenho exaustivos em que muitas vezes perguntava-se qual o caminho era o mais certo ao seguir.Nos caminhos,constantemente era bombardeado pelo cansaço e desespero,fruto da ocupação principal desempenhada no setor público fazendo com que não se dedicasse inteiramente de corpo e alma á literatura,seu grande sonho.Contraposto a isto,a segurança do serviço público proporcionara a solidez necessária para retomar a escrita e por conseguinte não poderia deixar de trabalhar num país de poucos leitores e com grande porcentagem de pobres e analfabetos funcionais.

Digamos que a etapa atual era boa pelo fato do renascimento e com perspectivas cada vez melhores.Era isto que esperava o nosso ídolo.O seu otimismo e fé davam-lhe forças no pequeno trajeto até o sopé da montanha.Olhando ao derredor,para um pouco no tempo e espaço para admirar a paisagem quase sertaneja.Estava quase tudo como antes,a exceção da retirada de algumas árvores velhas derribadas pela natureza e pela massacrante ação do homem.Repentinamente,olha para o céu encarando as nuvens cinza um pouco nubladas.Faz uma prece rápida e o tempo fica mais aberto.Controlar o tempo era um dos seus poderes secretos os quais costumava usar em caso de necessidade.Chacoalha a blusa de seda por conta do calor e prossegue a caminhada.Um pouco depois,já está na parte íngreme da serra.

Neste instante,vem a tona os desafios e todo o sofrimento causado por eles.Sente-se feliz por superar seus limites mesmo quando estava desacreditado.Era um fenômeno produzido por Deus diante da angústia e miséria do sertão do nordeste Brasileiro,terra esquecida pelas elites e pelos governantes.O valor do pobre resumia-se ao sufrágio universal representando o segundo colégio eleitoral do país quase sempre decisivo em momentos históricos de nossa nação democrática.Entretanto,o sertanejo e o brasileiro não costumavam desistir tão facilmente.

Divinha era um exemplo disso envolvendo coragem, dedicação, determinação, trabalho e a constante busca pelo conhecimento. Avança celeremente na trilha sertaneja e com um pouco mais de tempo, ultrapassa um quarto do percurso. Dentre o sopé até ali, vencera os espinhos, as pedras, os animais selvagens, o sol quentíssimo, as dúvidas, o medo e as forças negativas da montanha. Ainda bem que tudo era por uma causa justa.

Enquanto subia, seu pai agia secretamente aumentando sua motivação e esperança quanto a um mundo melhor. Este era o principal objetivo de sua missão, transformar a mentalidade das pessoas de maneira que elas cressem mais no amor do pai celestial abandonando com isso a maldade, a arrogância, o egoísmo, a ignorância, o preconceito e a competitividade exacerbada. Todo mundo tinha um lugar no mundo e especialmente no coração do pai que amava a todos.

Logo depois,já está na metade do caminho.Neste ponto,o pequeno grande homem de Mimoso,olha para trás e observa a silhueta do seu arruado.Quanta história e quantas emoções vividas.Foi ali que aprendera a ser um indivíduo do bem e que crescera em meio a inúmeras dificuldades que não destruíram por completo sua crença nas forças divinas.Era um lindo lugar entrecortado pelas serras de Mimoso e do Ororubá com um charme especial de entrada nas várzeas cheias de coqueiros,grama e onde corria o rio de mesmo nome.Parada obrigatória via sentido Sertão a Recife para os turistas de plantão.Visite e fique encantado.

A caminhada é retomada e o filho de Deus aproveita a quietude do local para analisar melhor a situação, fazendo planos para o seu futuro e de sua série renomada. Estávamos na sétima aventura ainda não definida, mas que prometia muitas emoções. Quem é como Deus? A sua proteção garantia o sucesso dos eleitos a cada passo dado.

Alguns minutos mais tarde, os três quartos do percurso são completados e isto o faz muito mais feliz. Como das outras vezes, a pressão dos espíritos da montanha acontece apesar de sua experiência valorosa na vida. As vozes sugerem que ele desista enquanto há tempo, mas isto não o incomoda. Não há ninguém maior do que Deus e tinha certeza por ser filho de seu amor e compreensão. Nada nem ninguém podia pará-lo naquele instante.

Com esta disposição, conclui o restante do percurso atingindo o ponto máximo da montanha. Logo que chega, depara-se com a guardiã, mais sorridente do que nunca. Há quanto tempo! Eles não perdem tempo e correm em direção um do outro com o encontro completando-se num longo abraço.

—Oh, meu Deus, que bom que veio. Já estava com saudades do mais querido filho de coração da minha vida. O que lhe traz aqui? -Diz a ansiosa guardiã num espasmo.

—Eu também estava com bastante saudades. Vim encontrá-los para uma conversa e posterior decisão. Vê a mala? Estou de férias e pronto para embarcar em uma nova aventura.

—Que bom. Eu previ intimamente que isso aconteceria. Afinal, já fazem longos três meses que não apareces. Como está sua família?

—Bem e a sua?

—Na paz. Eu estava na minha caminhada matinal. Como vejo que tem pressa, vamos a minha casa encontrar meu filho para que vejamos as possibilidades. A série não pode parar!

—Isto é uma boa ideia. Vamos!

Sem mais uma palavra, os dois começam a caminhar sobre o topo acolhedor da misteriosa serra. Havia algo ali, nas palavras da guardiã. Ela não dava ponto sem nó e o fato dela prontamente sugerir a ida a sua casa era algo realmente surpreendente pelo fato da não oposição. O que estava por vir?

Percorrendo a trilha em ziguezague nossos honoráveis personagens aproveitam o tempo que estão juntos para admirar a bela paisagem,conversar um pouco e simplesmente sentir a presença um do outro.O novo encontro remetia a um passado recente aonde aquele querido jovem chegara com bastante esforço ao topo máximo da serra.Com a ajuda daquela estranha senhora,realizara desafios que o credenciaram a entrar na gruta mais perigosa do mundo.Driblando armadilhas e avançando cenários,ele terminou por chegar à câmara secreta onde se realizou um grande milagre.Tornara-se o vidente, um ser onisciente através de suas visões.Em cada progresso alcançado ao longo de sua carreira,ele sabia reconhecer o sinal da guardiã e era grato por isso.Sem dúvidas ela já tinha um lugar cativo em seu coração e também nos dos leitores admiradores de sua série.

A troca de olhares entre os dois mostrava uma grande cumplicidade e confiança. Eles tinham o mesmo objetivo: A conquista do mundo. O fato deste sonho ter grandes obstáculos não os desanimava. Ao contrário, lhes davam mais força para prosseguir seguindo em frente. Esta positividade era fundamental para o sucesso deles. Ali, estavam o espírito da montanha e o espírito de Deus numa grande comunhão. Absolutamente nada seria impossível em sua união.

Na metade do caminho, a guardiã para e faz sinal para que Divinha fizesse o mesmo. Ela então toma a palavra:

—Devo alertá-lo que seu caminho é sem volta. Já estamos na sétima aventura e a partir daí só podes parar em caso de morte. Tem certeza de sua decisão?

—Ainda tem dúvidas? Você sabe que eu arriscaria tudo pelo meu sonho. Eu não me importo com o que pensam os outros ou com o perigo, eu quero é realizar-me junto ao meu público. Eu faço isso pelo meu pai e por todos que me admiram. Vamos juntos em mais uma etapa!

—Está bem. Saiba que esta etapa pode ser a mais desafiadora de todas. Há algo no cosmo que não está bem. Ela reclama a presença do filho de Deus para um ajuste de contas. Use todo o conhecimento que tem e a fé em seu pai glorioso.

—Pode adiantar algo em relação a isso?

—Calma.Cada coisa por sua vez. Continuemos a caminhada.

A guardiã calou-se e os dois voltaram a caminhar. O ar de mistério que se instalou aguçou ainda mais a curiosidade do filho de Deus. O que aconteceria? O que o esperava? Que etapas teria que cumprir para a solução de mais uma empreitada? A ansiedade era normal diante dum espaço vazio e escuro. Restava ao mesmo permanecer com a mesma garra e determinação com o qual subiu a íngreme montanha.

Com este sentido,os dois continuam no percurso fazendo outra parada para hidrataram-se e comerem algumas frutas silvestres.A mestra lhe dá mais algumas orientações sobre o caminho e a etapa atual.Com tudo entendido,eles voltam a caminhar mais tranqüilos,felizes e convictos do que queriam.Internamente,o vidente sentia-se muito bem e pronto para galgar posições ainda maiores.A corrida pela sua série maravilhosa,as responsabilidades e os desafios diários só acrescentavam e enriqueciam sua bagagem como ser humano e como representante do bem.Ele sabia que havia algo a mais para conquistar e em busca disso ele estava ali,naquele momento,preparado para agir.Com um pouco mais de esforço,eles concluem o percurso.Diante da casinha simples eles reconhecem-se e dão mais alguns passos em direção á pequena porta de entrada e saída. Ao entrar, qual não foi a surpresa ao já encontrar seus velhos companheiros de aventura. Agora, a equipe da série o vidente estava completa. Eles cumprimentam-se com abraços e começam a comunicar-se entre si.

—Renato, Uriel e Rafael, que bom vê-los. Como sabiam que eu viria para cá? (O vidente)

—Eu sou um Arcanjo, esqueceu? (Rafael)

—Eu sou teu protetor, esqueceu? (Uriel)

—Eu sou teu amigo e minha mãe é a guardiã, esqueceu? (Renato)

—Como eu poderia esquecer? Vocês estão comigo desde o início da série e são fenomenais. Prontos para uma nova aventura?

—Sim. (Todos)

—Pronto, meninos. Cumpri minha obrigação trazendo o sonhador até aqui. Agora é convosco. Também já fiz vossas malas. Sintam-se à vontade. (Guardiã)

—Obrigado. Vamos à luta? No caminho eu explico a vocês. (Propôs Rafael)

Os outros integrantes acenam concordando. Agarram suas malas, despedem-se, saem da casinha e pegam a trilha sentindo norte. Uma nova história começava neste instante.

A viagem

O recomeço da caminhada trouxe novas perspectivas para o vidente e seus amigos. Exceto Rafael e Uriel, eles não sabiam exatamente do que se tratava a fase atual. Isto lhes colocavam em alerta, expectantes quanto aos próximos acontecimentos. Isto era absolutamente normal mesmo que já tivessem bastante experiência. Em cada uma das aventuras, novos conhecimentos eram adquiridos e era em busca disso que eles estavam.

A região norte, como as outras, estava bastante devastada por conta do sofrimento duma guerra colossal. Crovos nunca mais foi o mesmo após este acontecimento. Encontrar os detalhes deste episodio era o foco principal daquele grupo. Avançando por conta disso, eles sentem-se cansados e então é promovida uma parada. Depois de um começo silencioso, o arcanjo principal aproveita o intervalo da primeira parada para esclarecer algumas coisas.

—Meus queridos amigos, estamos próximos de dar continuidade em nossa viagem aos tempos remotos. Começamos pelo planeta kalenquer e descobrimos um pouco da história da guerra dos anjos revelada num sonho para vocês. Agora, o objetivo é descobrir o que aconteceu depois disso.

—Que massa! Eu me lembro bem deste sonho. Foi trágica a guerra entre os anjos. O universo quase sucumbiu por completo. (Renato)

—Eu sei bem disto. Eu estava lá, em espírito. Salvei o universo inteiro com minha própria vida. (Divinha)

—Então? Não tem curiosidade sobre o depois? (Rafael)

—Muita. (Aldivan)

—Também. (Renato)

—O sonho de vocês acabou no “buraco negro”, para onde os anjos maus foram sugados. Vamos acompanhá-los a partir de agora em direção ao futuro. (Uriel)

—Meu Deus. O que acontecerá agora? (Renato)

—Não tem com quem se preocupar. Estaremos com vós. Lembre-se que foi Javé quem criou tudo e a todos. (Tranquilizou Rafael)

—Se você diz, eu confio. (Renato)

—Hum, incrível! Vamos enfrentar mais um grande desafio. Nem nas melhores hipóteses eu pensei nisso. A guardião estava certa ao comentar sobre o perigo da jornada atual. Onde vamos parar? Acho que nem o céu será o limite para nós. (O vidente)

—Isto é apenas o começo, Divinha.Como filho de Deus, há de impressionar ainda mais o mundo literário. Espere e verá. Lembre-se sempre que estaremos contigo em todos os momentos. (Rafael)

—Amém. Obrigado a vocês todos. (Pequeno sonhador)

—Continuemos.O mundo e o imaginável nos espera. (Uriel)

A palavra final de Uriel alertou-lhes sobre o passar do tempo. O objetivo final ficava a zilhões de anos-luz de distância na primeira galáxia criada denominada Etérea. Não poderiam esperar mais.

Rafael e Uriel pegam os humanos no colo e numa velocidade Ultrassônica alçam voo em direção ao espaço desconhecido. Á medida que vão avançando no cosmo eles aumentam ainda mais a velocidade com intuito de superarem a força da gravidade dos Buracos negros existentes. O momento requer agilidade, velocidade e sabedoria para que pudessem superar o maior desafio até agora.

Mesmo estando tão veloz,os humanos impressionam-se com a maravilha que é a paisagem celeste:Planetas,cometas.sóis,quasares,asteróides,meteoróides,estrelas diversas,buracos negros,o espaço vazio,etc.Tudo é muito grande ,lindo e incompreensível para eles.O universo é infinito em ambas as dimensões e a transformação e criação é um processo contínuo.Esta experiência incrível demonstra o quão pequeno é o ser humano,menor que um pequeno ponto no universo.Em contrapartida,por causa de um destes pequeninos,Deus dignara-se a revelar os segredos mais escondidos para que assim os outros pudessem proclamar sua glória.Eis o mistério da vida,de Deus e do universo nas mãos de um só homem, Aldivan Teixeira Torres. Ciente da sua responsabilidade, o filho de Deus permanece sério diante da conjuntura atual. Era necessário ponderar todas as possibilidades para que não caísse em um lago fundo como já acontecera. As experiências ruins acrescentaram bastante no seu modo de observar o mundo. Este fato o fazia quase invulnerável.

Por um tempo que não souberam mensurar, nossos amigos percorreram o universo de ponta a ponta e ao chegar ao início, no extremo, depararam-se com o maior buraco negro existente em todas as dimensões, aquele que sugara o Arcanjo Lúcifer e seus seguidores. Aproximando-se cada vez mais, os corpos dos nossos personagens entram em choque com o ambiente gravitacional tão intenso.

Num instante,a gravidade puxa seus corpos completamente e ao adentrarem neste astro fantástico era como se ultrapassassem várias dimensões ao mesmo tempo.Do lado direito,luzes azuis e brancas chocam-se entre si e,do lado esquerdo,fagulhas azuis e pretas colorem o ambiente.Estar num buraco negro é parecido com a sensação de estar dentro dum liquidificador em plena ebulição.Ali,naquele local,estavam guardados todos os segredos da origem do universo e em cada pedaço daquele enorme espaço tinha uma porta dimensional para outro universo.A equipe da série o vidente caía velozmente no buraco com os anjos esforçando-se em proteger os humanos.Parecia que o buraco não tinha fim nem começo ou meio,estariam perdidos para sempre?Quem os salvaria?A agonia era tanta que nem conseguiam fixar os pensamentos.

Em dado momento, ocorre uma explosão interna severa e cheios de medo nossos amigos gritam. Aparece um orifício no centro e que tem um poder gravitacional ainda maior. Inevitavelmente, os corpos e almas deles são sugados e ao atravessar o elo entre os mundos algo fantástico acontece. Eles encontram-se do outro lado da existência.

O mundo em que eles caem amparados pelos braços fortes dos anjos tem aspectos parecidos com a terra e com Kalenquer.A diferença é que imediatamente notam a devastação de seus recursos. O que teria acontecido ali de tão grave? Sem respostas, eles sentam um pouco organizando uma reunião rápida. Rafael novamente pronuncia-se:

—Este planeta chama-se Crovos e foi para onde os Arcanjos negros pararam após sua expulsão de Kalenquer.O resultado está diante dos vossos olhos. O objetivo é agora o encontrar o último remanescente da população local.

—Meu Deus! Que Desgraça! Por que Deus permitiu isto? (Renato)

—Não blasfemes, Renato. Deus não tem nada a ver com isso. Simplesmente a punição dada aos rebeldes ocasionou este fato. Digamos que foi o destino. (Uriel)

—Destino, eu não o entendo. (Renato)

—Não perca tempo em entender. Devemos apenas aceitá-lo. Tudo nesta vida tem um porquê e se estamos aqui é porque algo a ser feito, não é companheiro Rafael? (O vidente)

—Exatamente.A resposta e os desafios encontram-se num lugar além do horizonte. Trata-se de uma chance de resgatar a nossa própria história escondida no véu do tempo. Eu e Uriel estamos aqui para aprender também. (Rafael)

—Isto.Não há ninguém tão grande que não possa aprender. Estamos no mesmo barco. (Uriel)

—Vamos indo. O tempo urge. (Arrematou Rafael)

O primeiro contato

A fala de Rafael encerrou com qualquer pretensão de solucionar dúvidas dos humanos presentes. Não era o momento adequado para isso. Tinham que se contentar com as poucas informações adquiridas. Cabia a eles buscar o estranho e misterioso ser que habitava naquele planeta quase deserto. Havia algo interiormente o qual dizia que se tratava de alguém espetacular, alguém para ser lembrado durante a existência inteira.

As vias de acesso do planeta apresentavam bastantes dificuldades de locomoção por serem terrenos com imensas crateras por toda a parte. Nas partes intransitáveis, os anjos davam uma força aos humanos e lhes ajudavam a atravessar. Sem eles, a aventura tornar-se-ia impossível.

O momento requeria fé, disposição, empenho, paciência e inteligência pois estavam num buraco no meio do nada procurando por uma pista longe do alcance. Não havia dúvida de que este era o maior desafio de todos até o presente momento.

O tempo passa rápido e nossos amigos perdem a conta de quantas horas perdem transitando de um lado para outro. No momento em que já pensavam em desistir eis que surge uma pequena edificação ao alcance da vista. Eles não demoram a dirigir-se para lá com o intuito de descansar e conseguir algo para comer.

No percurso restante,conversam entre si trocando informações.Será que estavam na pista certa?O momento de descobrir aproximava-se cada vez mais.Enquanto esperavam,brincam,distraem-se com o ambiente,imaginam muitas coisas das quais ainda não tem conhecimento.Só o fato de estarem ali fazia todo o sentido para eles,a aventura certa no momento certo para cada um deles.Com palavras de motivação,eles continuam andando chegando,cerca de vinte minutos depois,em frente a residência nada parecida com as construções humanas.Era um edifício quadrado,alto e largo na mesma proporção,uns três metros de medida de ambos os lados.Ao fundo,um pequeno pomar com árvores frutíferas,uma raridade nas condições do planeta.Do lado esquerdo e direito,serras feitas de um minério escuro e em frente um abismo sem fim já ultrapassado pelos nossos colegas.

Eles não perdem tempo e em conjunto batem na porta de entrada-saída da casa. Na terceira tentativa, escutam um barulho e ficam à espera do que iriam encontrar. A ansiedade e o nervosismo eram intensos e só se acalmariam quando tudo estivesse resolvido.

A porta abre-se. Do lado de dentro, surge uma criatura com aspecto parecido com os humanos: Cabeça, membros e postura. No rosto apresentava cicatrizes profundas oriundas do passado. Seu olhar era profundo e concentrado. Suas vestes eram limpas, de cor branca e suntuosas. No braço direito, tinha uma marca conhecida em forma de cruz. Nossos amigos quase caem no chão de susto. Diante deles estava um descendente da família divina.

—Enfim chegaram. Os arcanjos do pai celestial e meus primos distantes. Eu estava esperando-lhes há doze bilhões de anos. Eu me chamo Ventur Okter, o sobrevivente. Eu sei exatamente o que vieram fazer aqui. Minha resposta é sim, eu posso treiná-los para que possam descobrir “o buraco negro”.

—Eu me chamo Aldivan Teixeira Torres, mas também sou conhecido como vidente e Divinha.Eis que sou seu teu discípulo a partir de agora.

—Eu sou Renato, companheiro inseparável de aventuras do Divinha.Juntos somos o pilar da série “O vidente”.

—Sim, eu compreendo. Estão de parabéns. Em vindos, amigos. (Ventur)

—Eu vos trouxe os humanos como prometi. Obrigado pela recepção e pela disposição em ensinar. Se repassares pelo menos um terço do que sabes será bem construtivo para nós. (Rafael)

—Ajudarei da melhor forma para que possam por si descobrir o fio da história. É uma honra para mim. (Ventur)

—A recíproca também é verdadeira. Já tem um plano? (Uriel)

—Sim, está tudo certo. Mas entrem. Eu preparei uma sopa deliciosa feita de pedaços de Cajamar, uma ave típica deste planeta. Estejam à vontade. (Ventur)

—Vamos, pessoal. (Ordenou Rafael)

Os cinco adentram na morada. Como nas moradias humanas, o primeiro ambiente é um tipo de sala com móveis, uma lareira, quadros com pinturas e assentos milimetricamente trabalhados junto ao piso. Enquanto observam aquela maravilha de arquitetura, eles acomodam-se e o anfitrião vai buscar na cozinha o alimento. Na volta, eles são servidos e um segundo contato é feito entre eles com objetivo de conhecerem-se melhor.

—Vamos aproveitar este momento maravilhoso para conhecer-nos melhor. Fiquem à vontade para falar um pouco de vós. (Ventur)

—Eu sou Rafael, arcanjo do reino dos céus que tem como missão atual acompanhar estes humanos tão queridos pelo pai. O motivo de todo este aparato é a importância da missão de cada um deles.

—Eu sou Uriel Ikiriri, anjo especialmente designado para proteção do filho de Deus.Fui criado para ele desde o princípio. Juntos, somos a força mais importante do universo, algo que veio transformam em definitivo os mundos.

—Eu sou Renato, filho adotivo do espírito da montanha do Ororubá.Desde o princípio estou com Divinha e agora pouco soube que nossa ligação vem da origem do cosmo. Está explicado porque nos damos tão bem.

—Eu sou o filho de Deus, alguém enviado pelas forças do bem para salvar a humanidade pecadora. Através da literatura, pretendo alcançar um bom público leitor. Quero encantar e conquistar o coração de cada pessoa.