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Suicídio Policial: Guia Para Uma Prevenção Eficaz
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Suicídio Policial: Guia Para Uma Prevenção Eficaz

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Suicídio Policial: Guia Para Uma Prevenção Eficaz
Juan Moisés De La Serna

Este livro aborda uma das problemáticas menos tratadas na atualidade e, que nem por isso deixa de ser um tema preocupante, que afeta aos profissionais encarregados de velar pela proteção e segurança dos cidadãos.

Este livro aborda uma das problemáticas menos tratadas na atualidade e, que nem por isso deixa de ser um tema preocupante, que afeta aos profissionais encarregados de velar pela proteção e segurança dos cidadãos. Uma profissão, a de polícia, que em ocasiões não é valorizada socialmente de maneira adequada, apesar do importante papel que desempenha na manutenção da ordem e da convivência social. Uma corporação que enfrenta uma realidade cada vez mais habitual com a perda de seus agentes pela ação suicida. Tal é a preocupação, que distintos governos já têm adotado medidas de prevenção e outros ainda estão em vias de sua concretização. Estas medidas normalmente se estabelecem dentro de um Plano de Prevenção da Polícia, ainda que exista disparidade em relação aos objetivos e métodos para implantá-lo. Neste texto se analisam os projetos para sua implantação.

Suicídio Policial:

Guia para uma Prevenção Eficaz

Juan Moisés de la Serna

Tradutor: Natalia Hernandez Pereira De Jesus

Editora Tektime

2021

“Suicídio Policial: Guia para uma Prevenção Eficaz”

Escrito por Juan Moisés de la Serna

Tradutor: Natalia Hernandez Pereira De Jesus

1ª edição: julho 2021

© Juan Moisés de la Serna, 2021

© Edições Tektime, 2021

Todos os direitos reservados

Distribuído por Tektime

https://www.traduzionelibri.it

Não é permitida a reprodução total ou parcial deste livro, nem sua incorporação a um sistema informático, nem sua transmissão de qualquer forma ou por qualquer meio, seja este eletrônico, mecânico, por fotocópia, por gravação ou outros meios, sem a permissão prévia e por escrito do editor. A infração dos direitos mencionados pode ser constitutiva de delito contra a propriedade intelectual (Art. 270 e seguintes do Código Penal).

Dirija-se ao CEDRO (Centro Espanhol de Direitos Reprográficos) se necessita fotocopiar ou escanear algum fragmento desta obra. Pode-se contatar o CEDRO através do endereço www.conlicencia.com ou pelos telefones 91 702 19 70 / 93 272 04 47.

Prólogo

Este livro aborda uma das problemáticas menos tratadas na atualidade e, que nem por isso deixa de ser um tema preocupante, que afeta aos profissionais encarregados de velar pela proteção e segurança dos cidadãos. Uma profissão, a de polícia, que em ocasiões não é valorizada socialmente de maneira adequada, apesar do importante papel que desempenha na manutenção da ordem e da convivência social. Uma corporação que enfrenta uma realidade cada vez mais habitual com a perda de seus agentes pela ação suicida. Tal é a preocupação, que distintos governos já têm adotado medidas de prevenção e outros ainda estão em vias de sua concretização. Estas medidas normalmente se estabelecem dentro de um Plano de Prevenção da Polícia, ainda que exista disparidade em relação aos objetivos e métodos para implantá-lo. Neste texto se analisam os projetos para sua implantação.

Agradecimentos

Aproveito para agradecer a todas as pessoas que colaboraram com suas contribuições na realização deste texto especialmente ao Coronel Sr. Luis Humberto Barrera, Chefe da Área de Gestão de Serviços em Saúde do Ministério de Defesa Nacional do Governo (Colômbia); ao Dr. Quazi Imam que é Diretor Médico do Hospital Memorial de Arlington e à Dra. Megan Thoen, professora do departamento de Toxicologia Ambiental do Instituto de Ciências Forenses, da Universidade Tecnológica do Texas (EUA); a Sra. Nathalie López que é Oficial de Polícia e Psicóloga Clínica da Polícia Nacional (Equador); à Dra. Djalila Rahali que é especialista em Ciberpsicologia e trabalhou como consultora para o Ministério do Interior da Argélia (Argélia); à Dra. Luisa Velasco Riego que é inspetora de polícia e doutora em Psicologia; ao Dr. Rafael Soto, Diretor Geral de Assistência Sanitária no Departamento de Saúde Universal e Saúde Pública Valenciana desde Julho de 2015 a Junho de 2018 e responsável pelo Plano de Prevenção ao Suicídio e Gestão de Conduta Suicída 2016-2020 da Comunidade Valenciana; ao Sr. Alberto Martín Ruiz, Presidente e Fundador da Associação Andaluza Preventiva do Suicídio Policial com número de registro 18744/1 do Departamento de Justiça e Interior da Junta de Andaluzia; e à Sra. Laura Tormo, psicóloga especializada na temática do Suicídio e Meios de Comunicação.

Nota Pessoal

Gostaria de parabenizar o Governo da Espanha por ter implementado recentemente uma política de prevenção ao suicídio entre as corporações e forças de segurança, em concreto dirigido à Polícia Nacional, para o qual tem implementado onze medidas entre as quais, se encontra o atendimento telefônico por parte de profissionais da saúde mental, graças a um telefone disponível 24 horas por dia, 7 dias da semana.

Fontes consultadas

Organização Mundial da Saúde (Suíça); Nações Unidas (EUA); Instituto Estatístico Europeu (Luxemburgo); Agência de Saúde Pública (Canadá); Gabinete de Estatísticas Nacionais (Inglaterra); Ministério do Interior (França); Autoridade Estatística Grega (Grécia); Ministério da Saúde e Proteção Social e o Ministério de Defesa Nacional (Colômbia); Ministério da Saúde (Brasil); Ministério da Saúde (Chile); Ministério da Saúde, Consumo e Bem-estar Social; Instituto Nacional de Estatística; Associação Andaluza de Prevenção ao Suicídio Policial e a Associação Reformista Policial da Espanha (Espanha).

Dedicado aos meus pais

Dedicado aos meus pais

Contenido

Prólogo (#ulink_583a7c3e-cad0-5cc3-8afa-98729938bd97)

Agradecimentos (#ulink_41d60e40-68b6-5aa0-9870-22b0c232081f)

Nota Pessoal (#ulink_f3ae79b3-45c3-5c73-93a4-0c1fb4f627ed)

Fontes consultadas (#ulink_2c8480ac-d9e3-5902-b43b-6991906362d4)

Capítulo 1.- DefinINDO O suicÍdio NO ÂMBITO policial (#ulink_8ec035d4-9030-57e2-98e3-ad9dff5aaf98)

O suicídio (#ulink_26a7c13c-351f-523e-98dd-e5be1bb04428)

A conduta de risco (#ulink_1e7281af-88af-53d6-bb34-12bcd0792573)

Referências (#ulink_1bff5043-87e0-588b-9de0-62b91aae15e9)

Capítulo 2. Características dO suicÍdio NO Âmbito policial (#ulink_7f8c7209-7f0d-5e81-b766-1466f6aa5ba2)

O Perfil do Suicídio entre a Polícia (#ulink_de2861d0-4e0e-5143-be55-832b43b5e84b)

Fatores de Risco (#ulink_20d4a9dc-31b5-5f3d-8d10-485d2ab995bf)

Fatores de Personalidade (#ulink_a56d7ea7-1d47-5d4d-8b82-221920aaf10a)

A Influência da Depressão (#ulink_9dd94057-6155-51a1-b890-0bae57c30926)

A Influência do Estresse (#ulink_ae8bb1c5-c75c-5a4b-98f1-3706f241bc95)

O Estresse Pós-Traumático

A Ideação Suicida

A Tentativa Suicida

Referências

O suicídio entre a polícia na Espanha

Referências

Capítulo 4.- Medidas que os planos de prevenção ao suicídio na polícia deveriam conter (#ulink_9bce7e05-e88e-5b8f-b0a0-7e2888b163ca)

Medida 1. Restrição de acesso aos meios de suicídio (por exemplo, pesticidas, armas de fogo e certos medicamentos)

Medida 2. Informação responsável por parte dos meios de comunicação

Medida 3. Introdução de políticas orientadas a reduzir o consumo nocivo de álcool

Medida 4. Identificação precoce, tratamento e atenção a pessoas com problemas de saúde mental e abuso de sustâncias, dores crônicas e trastorno emocional agudo

Medida 5. Capacitação de profissionais sanitários não especializados, na avaliação e gestão de condutas suicidas

Medida 6. Seguimento da atenção dispensada a pessoas que tentaram se suicidar e prestação de apoio comunitário.

ReferÊncias

Capítulo 5. Erros Habituais nos Planos de Prevenção ao Suicídio na Polícia (#ulink_0da691f9-96b5-5a4a-bd8b-f1a35a4daa35)

Erro 1. Não se aplica um plano específico para a polícia

Erro 2. Não se priorizam os destinatários do plano de prevenção

Erro 3. Não realizar uma Investigação da Implantação

Erro 4. Não se segue a evolução do impacto do programa de prevenção

Erro 5. Se estabelece o objetivo de suicídios zero

Erro 6. Não é dotado de pessoal suficiente para sua eficácia

Referências

Capítulo 6. melhoras para incorporar nos planos de prevenção ao suicídio na polícia (#ulink_536280f6-1b13-5dc8-a671-9f49ec6d8f5c)

Melhora 1. Registro de histórico na seleção

Melhora 2. Determinar a população total a prevenir

Melhora 3. Criação de Redes Privadas de Informação

Melhora 4. Atender ao gênero nos planos de prevenção

Melhora 5. Formação como eixo dos planos de prevenção

Melhora 6. Fomentar a saúde mental entre os agentes

Melhora 7. Proibir o Suicídio

Referências

Capítulo 7. propostas tecnológicas a incluir nos planos de prevenção ao suicídio na polícia (#ulink_ed7b1d75-1f80-52dd-875a-57c9e260bf5e)

Proposta 1. Fomento da ciberterapia para a Polícia

Proposta 2. Telefones de Suicídio para a Polícia

Proposta 3. Fóruns sobre Suicídio para a Polícia

Proposta 4. Criação de Aplicativo específico para a Polícia

Proposta 5. Inteligência artificial aplicada para detectar vulnerabilidade para a Polícia

Proposta 6. Detecção automatizada dos Estados Emocionais da Polícia

Referências

Anexos (#ulink_1f7de3aa-63a8-56bc-b653-1cf89fd3de10)

Anexo 1. Plano de Prevenção do Suicídio da França

Anexo 2. O modelo de saúde mental e bem-estar da polícia de Vitória (Austrália)

Anexo 3. Plano de Prevenção do Suicídio de Nova Jersey (EUA)

Anexo 4. Medidas Propostas pela Associação Reformista Policial

Anexo 5.- Plano de Prevenção do Suicídio da Colômbia

Anexo 6. Mitos sobre o Suicídio

Capítulo 1.- DefinINDO O suicÍdio NO ÂMBITO policial

O suicídio

O suicídio em nível mundial provoca um morto a cada minuto, sendo em muitos países uma das três principais causas de falecimento entre os adolescentes de 14 a 24 anos, tendo-se produzido um aumento de 60% no índice de suicídio nos últimos 50 anos (O.M.S., 2009).

Se perguntarmos a qualquer pessoa coincidirá com a definição da Organização Mundial da Saúde sobre compreender o suicídio como aquele ato de tirar-se a vida, portanto o suicídio no âmbito policial seria o cometido por um agente de polícia contra si mesmo. Logo este ato pode ou não ir acompanhado de algumas características mais gerais, como geralmente é um ato individual, realizado em solitário, associado a sintomatologia depressiva, onde se deixa uma nota de despedida…

Estes detalhes apesar de se poder encontrar em muitos casos não estão em todos, assim pode ser um suicídio individual ou coletivo, ainda que para este segundo caso se requerem umas situações muito particulares como as que ocorreram em algumas seitas. O tema da nota de despedida ou nota de suicídio como também se conhece, é bastante frequente que o utilizem nos seriados e filmes como determinante para diferenciar se está diante de um caso de suicídio ou de assassinato. É necessário indicar que o suicidio pode ser premeditado, e portanto pode-se dar tempo para a pessoa preparar uma nota de despedida, mas também pode ser sem premeditação, e em tal caso não se encontraria nota alguma. Assim, por exemplo, na Áustria entre 1996 e 2006 somente 30,8% dos agentes da Polícia Federal deixou uma nota de suicídio (Kapusta et al., 2010).

Comento que uma ideia amplamente difundida, é que a comunidade científica apenas tem interesse no estudo do suicídio e portanto quase não existem publicações científicas; aspecto que não corresponde com a realidade, devido a que o número de estudos sobre o tema do suicídio no mundo desde o ano 2000 até 2016 foram cerca de 2.800.000 artigos utilizando as bases de dados de MEDLINE-PubMed, PsycINFO e CINAHL (Comissão de Saúde Mental do Canadá, 2018), o problema é que em ocasiões dito conhecimento científico não chega aos usuários finais para sua aplicação.

Igualmente existe a crença de associar o suicídio aos problemas mentais, ainda que isso bem poderia ser uma vantagem enquanto que, se detecta sintomatologia depressiva no agente, e se intervém precocemente, isto poderia servir para o prevenir, mas em muitos casos o conhecimento que um policial pode ter não difere do que possa saber outro trabalhador, desconhecendo os sinais de atenção em que deveria de prestar atenção para prevenir o suicídio.

Por exemplo, se perguntar a um policial ou qualquer outro trabalhador não relacionado com o âmbito da saúde mental sobre se existem populações aonde seja mais frequente um tipo de problema de saúde mental que outro, o normal é que se responda negativamente, argumentando que todos estamos igualmente expostos a sofrer estes problemas independentemente de onde se vive. Crença muito generalizada, entre aquelas pessoas que não têm viajado a outros lugares e que não têm uma formação em saúde, mas não sustentada em evidência científica.

Hoje em dia e graças ao acesso aos dados abertos é possível comprovar como a saúde mental se apresenta de forma diferente em função do lugar onde se encontra, existindo zonas aonde ocorrem mais casos de uma determinada patologia que outra. O problema é que em ocasiões os dados de saúde não são acessíveis para realizar pesquisas a respeito já que os governos costumam desconfiar muito desse tipo de informação “sensível”, a diferença de outros temas em que se permite conhecer até o último detalhe do número de semáforos, com que frequência mudam e se algum está avariado; os horários de abertura e fechamento das farmácias e incluso as camas disponíveis nos hospitais de cada região, mas quando se trata de casos de saúde mental costuma ser difícil que se possa acessar a esta informação, pelo menos de uma forma direta.