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Na Cama Do Alfa
Na Cama Do Alfa
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Na Cama Do Alfa

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Por um momento, ele sorriu, embora seus olhos mantivessem as sombras que haviam se formado nos últimos dias. O sorriso desapareceu quando Mel não se moveu em sua direção. Ela se manteve quieta, forçando seus pés a não atravessarem o quarto para que ela pudesse abraçá-lo. Eles não tinham se tocado nos últimos dois dias e havia uma dor quase física com a falta de contato.

Mas ele não era seu companheiro.

Foi o comentário provocador de Bob que colocou o pensamento em sua cabeça quando eles estavam no México. E estava completamente errado. Ladras não se aliavam com alfas; nunca daria certo, não importava o quanto era bom beijá-lo e ser abraçada por ele. Como isso era impossível, ela não ia pensar a esse respeito. Roubo impossível era uma coisa – com planejamento estratégico e uma equipe sólida, ela conseguia quase tudo. Mas romance? Nunca.

Então Luke Torres não era seu companheiro e não havia nada que a fizesse dizer o contrário.

— Imagino que não foi bem? — ela perguntou.

Luke balançou a cabeça. Ele se moveu para um lado da cama para dar a ela espaço suficiente para se sentar, embora a cama fosse tão grande que o espaço não era um problema. Mesmo sabendo que não deveria, Mel cruzou o quarto e se sentou ao lado dele.

— Tão bem quanto poderia se esperar — Luke respondeu. — Ameaças, insultos e exigir o impossível.

— Qual era a demanda? — Mel relaxou a perna e deixou-a encostar em Luke. Não estava tecnicamente tocando-o, já que os dois estavam vestidos. Mas foi tão bom que ela não se afastou.

— Eu prefiro dizer a todos de uma vez. — Ele se levantou e interrompeu o minúsculo contato entre eles. Mel não ficou desapontada, nem um pouco. Ele foi até a mesinha de cabeceira e vasculhou a gaveta de cima.

— O que você está fazendo? — Ela não conseguiu evitar que o sorriso aparecesse nos cantos dos lábios.

Luke puxou uma pequena bolsa de veludo preto da gaveta e jogou para ela.

— Acho que você deveria ter isso de volta.

Sem nem mesmo colocar a mão na bolsa, Mel sabia o que era. Mas ainda assim a virou e deixou a pedra transparente suspensa em uma corrente de prata cair em sua mão. A pedra de vidência. A maldita coisa que começou essa confusão. Com isso, ela poderia rastrear a mulher que matou seus pais. Luke tinha roubado dela depois que ela roubou uma gema de berilo vermelha chamada Esmeralda Escarlate de seu cofre.

— Por quê? — ela perguntou. Cassie não estava melhor, a Esmeralda Escarlate há muito estava nas mãos de um comprador desconhecido. Tudo o que ela tinha feito por ou para Luke só piorou as coisas.

Luke fechou a gaveta.

— Fizemos um acordo. Você cumpriu sua parte no trato e sou um homem de palavra.

Se era esse o caso, por que parecia que ela tinha levado um soco no estômago? Mel tinha conseguido o que queria e poderia simplesmente sair pela porta agora e nunca mais olhar para trás. Mas isso parecia muito errado.

— Você está me dizendo para ir embora? — Se o trabalho estivesse concluído, por que ela ficaria?

Luke deixou sua pergunta pairar no ar por um momento.

— Não quero você aqui porque você espera um pagamento. Não quero esse tipo de obrigação entre nós.

Ela não podia reagir a isso, ela não sabia como. Em vez disso, Mel colocou a longa corrente em seu pescoço e deixou a pedra descansar debaixo de sua camisa bem entre os seios.

— Você não deveria manter minhas joias inestimáveis em seu cofre?

Luke sorriu.

— Você iria roubá-las se eu as deixasse em um lugar tão óbvio. — Ele caminhou até o pé da cama e colocou as mãos em cada lado dela. Mel não cedeu, ela nunca cederia seu espaço para um alfa. Mas tudo que Luke fez foi beijar rapidamente sua bochecha e se afastar.

— Vamos conversar com os outros. Tenho novidades.

Mel não disse nada a ele no caminho para o quarto de Cassie. Luke estava em guerra consigo mesmo. Ele não sabia se era certo devolver a pedra, mas o pensamento de que ela permanecesse por obrigação, ou apenas porque era um trabalho, não o agradava. Mel não era apenas uma parceira de negócios que desapareceria noite adentro assim que tudo isso acabasse. Ela era sua companheira.

Pelo menos, ele achava que era.

E agora que Mel não tinha nenhum motivo para ficar, ele queria que ela ficasse por perto para ver se essa coisa entre eles realmente iria florescer em algo real. Dez minutos no México mal contavam e, da próxima vez que colocasse as mãos nela, não a soltaria. Nenhuma ligação iria interromper a próxima vez que tivessem um tempo a sós.

Mas no momento precisava manter a cabeça no jogo. Talvez Krista soubesse algo sobre o que Tim e os outros bruxos queriam. O bando se reuniria em breve e ele precisava reunir o máximo de informações sobre seu inimigo e o que ele procurava antes de falar com seu círculo interno. O que quer que estivesse por vir seria perigoso e ele precisava que todos estivessem o mais preparados possível.

Ele abriu a porta do quarto de Cassie e viu Krista sentada em um banquinho ao lado da cama de sua irmã. Maya estava meio passo atrás dela e a bruxa segurava a mão de Cassie, falando baixinho. Apesar de seu tom, ele podia ouvi-la.

— Isso pode afetar sua capacidade de se transforma depois que tudo isso for resolvido.

— Alguma ideia de quando isso vai acontecer? — Cassie perguntou.

Luke ficou feliz em ouvir sua irmã falando. E se não fosse pela pressão horrível de encontrar uma maneira de recuperá-la, de fazer tudo isso terminar, ele teria passado cada momento neste quarto com ela.

Mas seja o que fosse que a bruxa estava propondo, o deixava nervoso. Especialmente quando Krista e Cassie se enrijeceram ao perceber que ele havia entrado. Maya não se mexeu e ele não sabia se era porque ela estava escondendo sua reação a ele ou, porque não tinha nenhuma para mostrar.

— O que vai afetar sua habilidade de se transformar? — Ele tentou manter a calma. Mas Cassie demorou tanto para se transformar, ela já havia perdido tanto por causa disso, que ele não podia deixá-la se sacrificar tão facilmente.

Ele ouviu Mel se encostar na porta atrás dele. Krista meio que girou em seu banquinho para poder dar uma olhada. Ela se moveu um pouco para que Cassie pudesse vê-lo também. Sua irmã sorriu para ele e Luke sentiu uma pontada no peito. Desde que foi enfeitiçada, ela perdeu peso, suas bochechas ficaram encovadas e sua pele estava pálida. Parte dela estava desaparecendo e não havia nada que ele pudesse fazer para resolver. Exceto dar aos bruxos algo que ele não sabia que tinha.

— Oi — disse Cassie, com a voz rouca e doce. — Me dê um abraço. — Ela estendeu os braços. Pelo menos não estava algemada no momento.

Krista se levantou e ele tomou seu lugar, sentando-se ao lado da irmã e puxando-a para perto. Ela parecia uma pena em seus braços, frágil o suficiente para flutuar em uma brisa forte. Mas ele também podia sentir um núcleo de força dentro dela para sair dessa situação. Ele beijou sua bochecha e perguntou:

— Do que a Krista está falando?

Ele esperava que a bruxa falasse, mas foi sua irmã quem respondeu.

— A Krista acha que pode impedir minha transformação. Talvez me deixe controlar isso. — Ela encontrou seus olhos, que eram tão semelhantes aos dele. Às vezes, as pessoas diziam que era impossível dizer que eram meios-irmãos Essas pessoas jamais deveriam ter prestado atenção aos olhos de Cassie.

— Parece perigoso. — Sem mais informações, ele não poderia deixar sua irmã prosseguir com uma coisa que poderia isolá-la de algo tão vital. Ele olhou para Krista.

— O que você está propondo? — A pergunta saiu como uma ordem grosseira.

Maya enrijeceu, mas não disse nada.

Krista olhou para Mel antes de falar, com um sorrisinho aparecendo no canto de sua boca. A expressão desmentia suas palavras.

— Pense neste feitiço como um vírus de computador — disse ela. Luke ergueu uma sobrancelha e ela continuou explicando. — Se a Cassie fosse um computador, a mudança de forma seria um programa rodando em segundo plano. Está sempre lá, mas nem sempre ativo.

— Sim, sei como funciona.

Krista tentou cruzar os braços, mas estremeceu e deixou o braço ferido solto.

— O feitiço tem como alvo a transformação dela. Acho que quando tentei quebrá-lo, algo aconteceu. Eles foram amarrados em um grande nó. Posso desfazer o nó, bloquear o vírus de seu programa de transformação, por assim dizer, mas isso pode impedi-la de se transformar.

Luke olhou para Cassie.

— Não, é muito perigoso. Não depois... — Ele parou de completar a frase.

Mas Cassie completou para ele.

— Não depois que me meti nessa confusão porque eu queria tanto me transformar? Não depois que eu me deixei ser sequestrada por vampiros? Não depois que fiz isso comigo mesma? Qual dessas opções é a certa, Luke?

— Não foi isso que eu quis dizer. — Saiu mais duro do que ele pretendia. Cassie só foi sequestrada depois de tentar fazer um acordo com Mel semanas antes, quando ela era sua prisioneira. Os vampiros usaram um lapso momentâneo em sua guarda para se esgueirar e tomá-la. Tudo parecia ter acontecido há séculos agora, mas parte disso era porque ele não teve tempo para realmente lidar com as consequências.

Ela endureceu a mandíbula.

— A escolha não é sua.

— O inferno que não é. — Luke queria se levantar, andar de um lado para o outro, mas permaneceu sentado. — Você está no meu território, Cass. Acha que vou deixar uma bruxa te matar?

— Estou morrendo de qualquer maneira! — Deveria ter sido um grito, mas saiu como uma tosse rouca. — As transformações estão acontecendo cada vez mais rápido. Não sei quanto mais vou durar.

A tristeza desesperada em sua voz apunhalou Luke até o âmago. Ele queria algo contra o qual pudesse lutar, alguma forma de torná-la melhor. Em vez disso, estava preso aqui, depositando suas esperanças em uma bruxa que mal conhecia para ajudar sua irmã e salvar seu povo.

Antes que ele pudesse dizer qualquer outra coisa, Mel falou:

— As pessoas que fizeram isso com ela apareceram? Se querem algo de você, provavelmente vão quebrar o feitiço em troca.

Luke queria contar tudo a ela. Queria jogar a cautela ao vento e pedir seu conselho antes mesmo de levar o assunto a seus conselheiros de confiança do bando. Mas não conseguiu. Tinha uma responsabilidade para com seu povo e, à frente disso, não podia passar informações confidenciais a alguém que recentemente fora seu inimigo.

Ou, se não fosse sua inimiga, tinha sido pelo menos sua oponente.

Por isso, ele não chegou a responder.

— Mesmo que fizessem, por que eu acreditaria neles? — Ele se virou para Cassie. — Tem certeza de que confia na Krista para fazer isso?

Cassie assentiu.

— Sim.

Então ele respeitaria a decisão de sua irmã. Até certo ponto. Olhou para Krista, deixando apenas um pouco do seu leão interior aparecer em seus olhos. Para seu crédito, ela não vacilou.

— Se ela morrer... — Ele não terminou a ameaça antes que a bruxa assentisse.

— Entendi.

3

Mel saiu do quarto antes que Krista começasse a trabalhar em Cassie. Tanto Maya quanto Luke ficaram, o que a fez se sentir um pouco culpada por abandonar sua parceira aos leões potencialmente hostis. Mas a sensação de enjoo provocado pela magia era demais para ela, que podia sentir um peso sendo tirado de seus ombros a cada passo. Nem todo metamorfo podia sentir a magia. Na verdade, a maioria não conseguia. Mas Mel conviveu com bruxos desde os oito anos e, embora não fosse capaz de fazer magia sozinha, sentia que era uma habilidade aprendida.

Chegou ao quarto e puxou o diamante de debaixo da camisa. A corrente de prata se acumulou em sua mão, quente de sua pele. Ela rolou o diamante entre dois dedos. Nada nisso parecia mágico, não havia marcas especiais. Mas nas mãos de uma bruxa poderosa o suficiente, esta pedra poderia ser usada para rastrear Ava. Isso iria atingi-la até que Mel pudesse encontrá-la e derrotá-la de uma vez por todas.

E era a única razão pela qual tinha ficado no complexo de Luke desde que voltaram do México.

Não era?

Pegou sua bolsa e colocou o colar em um compartimento escondido. No que dizia respeito à segurança, faltava qualquer coisa que ela aceitaria em circunstâncias normais. Mas não tinha outro lugar para escondê-lo além de usá-lo o tempo todo, e se Krista visse, se perguntaria por que Mel não tinha feito as malas e deixado o lugar no momento em que Luke balançou o diamante diante dela.

Mel empurrou a bolsa para debaixo da cama e pulou no colchão bem a tempo de ver Krista entrar mancando. A bruxa estava coberta por uma fina camada de suor e com a pele pálida. Parecia não dormir há três semanas.

— Deu certo? — perguntou Mel. Ela não tinha ouvido nenhum grito, o que parecia uma melhora, mas não havia como dizer.

Krista se apoiou contra a porta e se deixou afundar no chão bem devagar. Ela caiu com um baque e puxou as pernas para perto, descansando a cabeça no joelho.

— Acho que sim. A garota conseguiu. Maya vai colocar um dos membros mais antigos do bando para monitorá-la. Acho que se não se transformar nas próximas doze horas, ela deve ter controle suficiente para sobreviver até... — Krista não terminou o pensamento. Não precisava.

— Bom, estou feliz que ela vai ficar bem. — Mel não se preocuparia com o que poderia acontecer depois. Eles pararam a ameaça imediata, que era tudo o que podiam fazer no momento. — Você foi capaz de descobrir quem lançou o feitiço? — Mel estava acostumada a não saber para quem trabalhava, mas não suportava não conhecer seus inimigos.

A voz de Krista foi abafada contra a perna e Mel mal podia vê-la balançar a cabeça.

— Não, tive que parar de procurar quando a Cassie começou a se transformar.

— Você tem alguma ideia? — Esse tipo de magia era estranha. Quase qualquer bruxa poderia fazer, mas fazê-lo sem deixar uma conexão clara entre o feiticeiro e a feitiçaria sugeria alguém com imenso poder e habilidade. Poucos bruxos optavam por usá-los. Elas criaram um vínculo que poderia ser manipulado e voltado contra a bruxa responsável. A maioria via isso como um risco muito grande para ser assumido.

— Um nome me vem à mente. — Krista se levantou devagar e se dirigiu para a cama. O quarto não tinha sido originalmente feito para duas pessoas e Mel reivindicou a cama de solteiro no segundo em que entrou. Isso deixou Krista com uma cama improvisada que ela dizia ser muito confortável. Mel tinha tentado oferecer a cama depois do seu ferimento, mas a bruxa não quis. — Mas se for ela... — continuou Krista — seria muita coincidência.

— Ava. — O nome encheu Mel de raiva e um senso de propósito. Se ela tivesse lançado o feitiço em Cassie, Mel não teria motivo para aquela pedra. Haveria uma matilha inteira de leões caçando a bruxa, e demoraria apenas um certo tempo até que a encontrassem. Mas não se tratava apenas de Cassie. Ava matou a família de Mel, sua matilha inteira, quando ela era apenas uma criança. O objetivo de sua vida era se vingar da bruxa. E ela nunca tinha estado tão perto.

— Ou alguém que ela treinou. Não consigo imaginar nenhum dos outros covens principais fazendo isso. — Tudo se resumia à política. Oficialmente, Ava não controlava nenhum território, mas não era afiliada a nenhum clã. Qualquer coisa que ela reivindicasse era abandonada assim que ela conseguiu o que queria. — Mas — continuou Krista —, mesmo que seja ela, queremos realmente lutar com ela aqui? Agora? — Ela gesticulou para sua ferida. — Não estou exatamente em ótima forma e não conhecemos essas pessoas.

— Você está sugerindo que joguemos fora aliados em potencial? Eles não são exatamente estúpidos para ir contra ela. — Ninguém que conhecia Ava se opôs a ela por muito tempo. O melhor curso de ação para lutar com ela era evitá-la.

— Essas pessoas eram nossos inimigos há duas semanas. Você não acha que eles vão se voltar contra nós no segundo que tiverem uma chance? — Uma veemência inesperada soou nas palavras de Krista. — Não há nada para nós aqui, Mel. Provavelmente deveríamos pensar em fazer as malas antes que o território deles queime.

Mel não respondeu. Não podia discutir com Krista, especialmente porque ela provavelmente estava certa. Em vez disso, deixou a bruxa por conta própria e saiu, determinada a extravasar um pouco da energia que queimava dentro de si.

Ao sair, viu Maya descendo as escadas carregando uma bandeja cheia de sopa fumegante. A leoa não disse nada e Mel devolveu o favor. Maya não parecia de bom humor e Mel não tinha vontade de contrariá-la. Ainda não.

Mas as palavras de Krista a assombravam. Ela nunca foi tão rápida em confiar, tão rápida em dar sua lealdade. No entanto, quando se tratava de Luke Torres, Mel estava com medo de descobrir o que faria. Traição estava fora de questão. O pensamento a deixou enjoada e ela não conseguia imaginá-lo se virando contra ela. Só não sabia se poderia ficar e torcer pelo melhor. Ele era um alfa, ela era uma ladra sem matilha. Seus mundos não se misturavam.

Nunca.

Mel se viu do lado de fora do quintal de Luke. Um pequeno pedaço de gramado bem cuidado que terminava na densa floresta do Colorado. Caminhou até as árvores e, uma vez encoberta, tirou as roupas e se inclinou para mudar de forma. Demorou algum tempo. Suas transformações completas não eram nada de especial, não eram mais dolorosas depois de anos de prática, mas demorou mais de um minuto para ir de humana a leopardo.

Uma vez completada a transformação, ela se espreguiçou, deixando suas longas garras cavarem na terra macia. A pequena destruição, o reordenamento, foi bom. Podia sentir cada tendão de seu corpo felino, a força enrolada em linhas flexíveis e letais. Não havia nada melhor do que isso. Nem mesmo roubo.

Saiu correndo, deixando o vento conduzi-la pela floresta, esquivando-se e subindo em árvores enquanto avançava. Continuou por tanto tempo, que ela perdeu a noção das horas, não que isso importasse para ela dessa forma. Um leopardo não precisava de relógios.

Uma eternidade ou um segundo depois, sentiu um cheiro delicioso, felino como ela, mas diferente, masculino e cheirando a savana em vez de selva. Um leão. Seu leão. Ele tinha saído para brincar e, por enquanto, ela queria ver seu companheiro.

4

Luke quase vomitou assistindo Krista trabalhar em Cassie. Ele nunca tinha visto a bruxa trabalhar, nunca tinha visto nenhuma bruxa fazer magia. E agora ficaria feliz se nunca mais visse uma bruxa lançar um feitiço em outra pessoa novamente. Cassie se contorceu, gritando e implorando para que parassem. Mas Krista os avisou que a garota faria isso e que, se parassem, só a machucaria mais a longo prazo.

Luke queria acabar com aquilo, mas Cassie queria que Krista executasse o feitiço. Então, não importava a dor, ele não impediu Krista e impediu Maya de fazer o mesmo.