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A Última Garota Solteira
A Última Garota Solteira
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A Última Garota Solteira

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A Última Garota Solteira
Brian Quinlan

Depois que Sarah assegura as amigas que levará um acompanhante para a festa de Ano Novo, ela tem apenas um mês para encontrar o Sr. Perfeito. Será que um encontro ruim após o outro vai convencê-la a desistir do plano ou o cara perfeito pode estar escondido bem debaixo do nariz dela?

Arranjar um acompanhante para a grande festa em quatro semanas quando pensei que poderia ir sozinha? Desafio aceito. Agora, preciso encontrar um cara bonitão e interessante disposto a ir para uma festa de gala a caráter. De última hora. Alguém que ainda não tenha planos para a noite de encontro mais movimentada do ano. Mas, até agora, a melhor parte da busca pelo acompanhante ideal era a cafeteria fofa que encontrei e o dono nerd que continua me resgatando desses encontros loucos que arranjo no eLove.com

Imagina, tudo isso deve ser fácil! Afinal, a internet é o lar de todas as suas esperanças e necessidades, certo? Alerta de spoiler: Não, não é. Entre um bromance e um pai solteiro louco que precisa contratar uma babá e governanta, e não uma namorada, estou ficando sem opções. Se ao menos um certo cara fofo não falasse ao telefone com uma tal de “querida” todos os dias. Quanto mais bizarra as coisas ficam, mais eu penso que deixar tudo para lá ir sozinha seria algo do tipo… sou uma Mulher Independente e bla bla bla. Esqueça o fato que meu coração continua me trazendo de volta para uma certa cafeteria mesmo quando eu não preciso estar lá... Quero dizer, meu coração nem sempre consegue o que quer, não é?

A ÚLTIMA GAROTA SOLTEIRA

BRIA QUILAN

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A última garota solteira

Direitos autorais © 2012 por Bria Quinlan

Tradução: Elaine Lima

Todos os direitos reservados. Sem limitar os direitos de autoria reservados acima, nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, armazenada ou introduzida em um sistema de recuperação, ou transmitida, de qualquer forma ou por qualquer meio (eletrônico, mecânico, fotocópia, gravação ou outro) sem a permissão prévia, por escrito, da autora.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e incidentes são o produto da imaginação da autora ou são usados de forma fictícia. A autora reconhece o status de marca registrada e os proprietários de marcas de vários produtos referenciados nesta obra de ficção, que foram utilizados sem permissão. A publicação/uso dessas marcas não é autorizada, associada ou patrocinada pelos proprietários das marcas.

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1 UM

VERDADES SOBRE NAMOROS # 1: É justo quando você está confortável e feliz com seu grupo de amigas solteiras, que o desastre aparece.

— Jonathan é tudo o que eu sempre quis em um cara. — Angie girou o palito de azeitona em torno do seu martíni. — Nem posso acreditar que meu irmão nunca o levou lá em casa antes. Quero dizer, eles são melhores amigos desde a faculdade.

Ela disse isso como se ele tivesse cursado a faculdade há décadas, em vez de apenas alguns anos atrás. Eu não pude deixar de me perguntar se talvez saber que sua irmã roubaria seu melhor amigo fosse o motivo dele nunca ter levado Jonathan para casa dos pais. Ele estava escondendo o pobre rapaz, Caving provavelmente achou que perderia o amigo para sempre.

— Uau! — Claire sorriu e aquilo me deixou nervosa.

Não que ela não gostasse de Angie, mas o senso de humor de Claire era como uma navalha, mesmo sendo certeiro. Ela tinha o guarda-roupa de Carrie Bradshaw e a esperteza de Dorothy Parker. Seus comentários sempre pareciam surgir do nada, como um resfriado de verão. Um dia você está na praia, então… bam! Você está na cama doente. Ela meio que me assustava.

— Ir visitar os pais parece ser a melhor maneira de encontrar um cara — continuou Claire, antes de uma pausa dramática. — Eu voltei com Marcus.

— Sério? — Becca empurrou sua bebida para fora do caminho. — Como isso aconteceu?

Como era de se esperar, eu estava boiando. — Quem é Marcus?

Claire acenou para a garçonete e apontou para sua bebida pela metade, sem se preocupar em olhar na minha direção. — Eu sempre esqueço que você não estava por perto nessa época.

A verdade é que eu perdi muitas coisas pois não costumava andar com essas mulheres.

No outono passado, eu tinha um grupo adorável de amigas. Assim como qualquer grupo, você tem o seu círculo íntimo de amigos, que interage vagamente com os círculos externos. Como um diagrama de Venn de relacionamentos. Uma pequena vida confortável com muitos amigos por perto.

Até os primeiros noivados… depois os casamentos… depois vinham as casas nos subúrbios. A próxima coisa que você percebe é que todos no seu círculo íntimo estão casados e você está lá… largada, enquanto interage com uma mistura de círculos mais soltos e menos coesos, embora ainda fossem um pequeno grupo agradável. A vida era boa.

Até chegar a semana de Ação de Graças.

— Marcus e eu crescemos juntos, mas não começamos a namorar até o último ano da faculdade. Quando nos formamos, ele voltou para assumir a construtora da família e eu me mudei para cá para fazer publicidade. Você conseguiria me imaginar morando na Grande Comunidade Rural Americana?

Não, eu realmente não conseguiria. Claire se recusava a deixar qualquer pessoa sem status de celebridade local tocar em seu cabelo ou pele. Apenas para fazer manutenção em um salão de beleza ela teria que fazer viagens mensais de quatro horas.

— Mas quando o vi no jogo de futebol na quinta-feira, foi como se nunca tivéssemos nos separado e… bem, vamos apenas dizer que tudo voltou aos trilhos.

Ela parecia tão feliz… nem um pouco como a Claire que eu conheço. Eu não tive coragem de perguntar como o relacionamento daria certo desta vez.

— Eu não posso acreditar que vocês ficaram no fim de semana, porque… — Becca arrastou a palavra e eu sabia o que estava por vir. — Eu conheci o cara mais legal do mundo no avião. Ele é advogado em Nova York. Sentamos um ao lado do outro. Nunca fiquei tão feliz por ficar presa na pista por três horas. Ele mudou o voo dele, então fizemos parte de nosso retorno juntos também e… — Becca respirou fundo antes de terminar em um só fôlego — ele está vindo para cá para o Ano Novo!

Recostei enquanto ouvia os comentários delas sobre seus caras novos… e reciclados, sobre suas viagens, o ano novo e como o feriado seria ótimo.

— Sabe o que devíamos fazer? Se estão todos vindo para cá, deveríamos mudar nossa reserva de Ano Novo.

Espere! O quê? Não!

— Vamos apenas adicioná-los à nossa mesa.

— Mas eu pensei que estava tudo esgotado. — Tentei manter o desespero longe da minha voz. Tínhamos planejado tudo há meses. As garotas solteiras se divertindo à noite. Nenhum casal nos fazendo sentir deslocadas na segunda maior noite romântica do ano.

— Vou ligar para o meu agente de viagens agora mesmo. Tenho certeza que ele pode nos arranjar algo. — Claire estava falando no celular antes que eu pudesse dizer “noite das garotas”. — Oi, lindão. É a Claire. Preciso de um favor. — Ela soltou aquela risada de não-tem-graça-mas-preciso-de-algo antes de abrir um sorriso para nossa mesa. — Oh, você é um doce… eu sei, não é? Preciso de uma ajudinha com nossa mesa para a festa do Assassinato com Gelo… Eu sei, não é? Vou ficar fabulosa com meu vestido de melindrosa. Uma festa com toda a badalação dos anos 20 e ainda com assassinatos misteriosos é genial.

Angie e Becca empurraram suas bebidas de lado para se inclinar, tentando ouvir a conversa por cima do barulho crescente da multidão do bar.

— Bem, nós gostaríamos de ter mais algumas pessoas sentadas conosco. Existe alguma maneira de encaixá-los? … Aham… Sim… Com certeza. Posso garantir que você entre na lista para essa vaga… Claro. Bem, precisamos de mais três.

— Espere! — Angie acenou com a mão na frente de Clair. — E quanto a Sarah?

Todos se viraram em minha direção e fiquei tentada a dizer que estava noiva e me casaria na véspera de Ano Novo, e se elas e seus recém-encontrados paqueras estavam livres no dia.

— Ah. Sarah, você conheceu alguém também? — Desde o início dos tempos, também conhecido como casamento de Julie há quatro anos, o santo de Claire não bateu com o meu. Sua natureza competitiva parecia triplicar na minha presença. Só que eu realmente não fazia ideia pelo que estávamos competindo, então só tentava ficar fora do caminho dela.

Eu pensei em mentir, mas sabia que fingir que tinha um namorado resultaria em todos os tipos de armadilhas sociais que eu não poderia evitar. Além disso, eu tinha assistido Muito Bem Acompanhada. Aquele era um caminho que eu não queria trilhar.

— Não, não exatamente. — Eu arrastei o exatamente esperando que elas pensassem que tinha algo que eu não queria contar… como se talvez houvesse um cara que eu estava escondendo delas. Um cara incrivelmente gostoso que possuía uma pequena ilha particular escondida na costa de um certo país rico. Obviamente, não podia falar sobre ele por razões de segurança.

— Melhor reservar quatro — sussurrou Angie. — Tenho certeza de que Sarah não terá problemas em arranjar um acompanhante.

Claire ergueu uma sobrancelha para mim como se ela não apenas soubesse o quão improvável seria aquilo, mas esperava que eu a apoiasse nisso.

Oh, não, Claire. Não peça um quarto assento. Todos nós sabemos que ninguém gostaria de sair comigo, muito menos desistir de uma das melhores noites de festa do ano para sair com uma curadora de museu nerd.

Aham…

Em vez disso, apenas sorri… e tive pensamentos malvados.

Claire inclinou a cabeça como se pudesse ler minha mente e sorriu de uma forma que dizia claramente: Oh. Coitadinha.

— Que tal você reservar quatro? É uma mesa completa, certo? — Claire sorriu e acenou com a cabeça. — Pode colocar no meu cartão de crédito. Cuidaremos de dividir entre nós depois.

Maravilha. Que jeito de chutar a própria bunda, Sarah. Exatamente o que torna as festas de fim de ano brilhantes… pagar por uma cadeira vazia.

1 DOIS

VERDADE SOBRE NAMOROS # 2: Nenhum homem jamais vai entender e amar você da mesma forma que a sua melhor amiga.

— Aqui é a Jane. Ou eu estou passeando por aí com minha linda filha ou saindo com meu maravilhoso marido. Ou estou mentindo e limpando os banheiros. De qualquer forma, deixe uma mensagem após o bipe.

Biiiiip.

— Ei Jane, é a Sarah. Só ligando para bater um papo. Espero que seu Dia de Ação de Graças tenha sido ótimo. Me ligue quando puder. — Fiz uma pausa, prestes a desligar, então disse de uma vez antes que perdesse a coragem. — Além disso, estou lhe enviando algo por e-mail agora. Se você puder dar uma olhada, não mostrar pro Matt, e não contar a ninguém, seria ótimo. OkObrigadaTchau.

Eu me apressei em dizer as últimas palavras, desligando antes que pudesse mudar de ideia.

Eu estava em pânico. Eu sabia que isso aconteceria. Sabia que alguém precisava ter essa honra, mas nunca pensei que eu acabaria sendo a última garota solteira.

Parecia um título.

Talvez eu devesse mandar fazer cartões de visita.

Ou… talvez não.

Não era apenas a ideia de ser a última garota solteira, era tudo o que vinha junto. Os eventos para os quais você não é convidada, porque as pessoas acham que você se sentiria desconfortável sozinha. A maneira como certas mulheres sempre te lembram que elas têm alguém… e você não. O sentimento de solidão que você sente às vezes, mesmo com sua melhor amiga, porque você sabe que não é mais a melhor amiga dela.

Então, como qualquer mulher emocionalmente encurralada, fiz algo extremo.

Entrei no eLove.com para tentar encontrar alguém especial, ou não tão terrível, para o Ano Novo.

Foi na internet que encontrei as coisas importantes que precisava nos últimos anos: um apartamento, um emprego, um carro… minha bolsa Kate Spade. Então, sim, eu tinha alguma confiança na internet.

Porém, enquanto eu olhava meu perfil, sabia que não havia maneira de contornar aquilo. Jane teria que ser minha voz da razão. Toda vez que eu relia, tudo que eu conseguia pensar era que qualquer pessoa sã presumiria que um filhote de cachorro golden retriever estava procurando um par.

Não podia acreditar que eu realmente coloquei que gostava de dias ensolarados e de uma boa caminhada antes de me enrolar em frente à lareira para uma noite aconchegante.

Por que também não adicionei uma foto do meu mordedor de brinquedo favorito?

Claro, eu era um golden retriever com sapatos muito caros e um apartamento na cidade, mas ainda assim.

Apertei enviar e tentei fingir que minha melhor amiga não estava em algum lugar olhando para seu iPhone e rindo histericamente.

Aquilo demandou mais esforço da minha parte do que eu queria admitir.

Enquanto esperava uma resposta, fiz o que qualquer mulher racional faria… fui à livraria e comprei todos os livros sobre namoro escritos nos últimos quatro anos.

Sim, usei o caixa de autoatendimento.

Eu folheei todos eles, olhando as “regras” e fiz anotações sobre os perfis. Eu criei listas do Essencial e do Nem Pensar e, em seguida, risquei metade delas depois de ler em todos os livros que você não deve ser muito exigente.

A maioria dos livros tinha problema de dupla personalidade.

Parte de mim queria ignorar a chamada quando o toque da Jane soou. Ela me retornou cerca de quatro horas mais rápido do que o esperado. Obviamente, minha mensagem, ou anúncio pessoal, justificava uma ligação bastante imediata. Isso não poderia ser um bom sinal.

Apertei o botão para atender e falei antes que ela dissesse algo. — Se você rir, vou desligar, mudar de estado e você nunca mais vai me ver.

— Eu não estou rindo. Estou casada há menos de dois anos, eu lembro como foi horrível tentar encontrar o cara certo.

Eu sabia que ela falava sério. Ela nunca dizia aquelas merdas que as pessoas casadas costumavam dizer. Tipo, Ah, apenas espere e o cara certo aparecerá OU Se você apenas preenchesse o espaço vazio, não viveria sua vida sozinha.

— Pra dizer a verdade, estou feliz que você tenha enviado para mim. Eu fiz um monte de alterações. — Jane começou a cantarolar baixinho, eu só podia presumir que era para o bebê. Embora, para ser honesta, era um ruído estranhamente reconfortante. — Quem conhece você melhor do que eu, certo? Posso até ser tendenciosa, mas te amo e vou chutar o traseiro de qualquer pessoa que não te aprecie como deveria.

Meus olhos se encheram de lágrimas. Eu afastei o celular do rosto e funguei, não querendo que ela soubesse o quanto suas palavras me afetaram.

— Acabei de enviar, você deve receber em um segundo. — Jane cantarolou mais um pouco, depois um veio um barulho de água. — Estou dando banho em Dahlia, ou ela está dando banho em mim, um ou outro. Diga-me, por que o desejo repentino de entrar em um site de relacionamentos?

Eu não queria confessar minha iminente vida de solteirona, mas ela provavelmente previu isso de qualquer maneira. Contei a ela dos planos para o Ano Novo e como todo mundo voltou magicamente do fim de semana de Ação de Graças com um namorado. Como o que era para ser uma noite das garotas acabou me transformando em vela… bem, neste caso um candelabro.

— Então, O Alfabeto acabou mudando os planos e esperava que você saísse com elas e seus novos namorados?

Jane as chamava de O Alfabeto desde antes de se casar. As três: Angie, Becca e Claire, se conheciam há mais tempo. Quando as garotas solteiras começaram a cair no esquecimento, Claire juntou suas compatriotas e se tornou uma Alfa-insira-uma-coisa-que-começa-com-V.

Acho que elas ficaram surpresas ao ver que eu também era uma delas. Talvez se meu nome fosse Deirdre…

— Sim. Claire adicionou quatro cadeiras à nossa mesa.

— Eu nunca gostei dela. — Jane era, entre outras coisas, extremamente leal. — E não é só porque ela nem te considera direito. Ela nunca é gentil com ninguém. Filhotes de gato não conseguiram derreter aquele coração de gelo.

— Bem, a garota tem conexões. Não há festa em que ela não consiga nos colocar na lista.

— Claro. Porque você sempre foi uma garota festeira. Eu bem sei como são esses curadores de museus. Mais doidões que estrelas do rock.

— Você subestima totalmente a qualidade festeira do meu povo.

— Por que você simplesmente não para cá? Você sabe que é sempre bem-vinda. Você não precisa de um cara para entrar na minha casa.

A melhor parte daquela declaração é que eu sabia que ela falava sério. Não era uma oferta por pena, ou algo do tipo: porque-somos-amigas-eu-tenho-que-dizer-isto.

— Eu sei, obrigada. Mas eu preciso ter uma vida além de ir para o museu, e ocasionalmente visitar você e Michelle. — Eu engoli o resto das palavras sobre como eu estava começando a me sentir deixada para trás e como eu estava com medo de acabar sozinha… não apenas sem namorado, mas sem amigas disponíveis.

— Não faz sentido ficar infeliz na noite de Ano Novo só para provar algo. Vamos fazer uma noite de jogos. Michelle e Roger virão. Nossos novos vizinhos Mitch e Emily estarão aqui. Contratamos uma garota da vizinhança como babá.

— Uau, você contratou uma babá? — Isso significaria deixar Dahlia fora de sua linha de visão por um tempo.

— Hum… Bem, sim. — Jane fez um pequeno ruído de tosse.

— O que foi isso?